MS tem registrado aumento da média móvel e até falta de leitos em alguns hospitais.

Nova cepa e sem leitos: especialistas defendem mais medidas e até lockdown ‘pra ontem’ em MS

Com o aumento da média móvel e do número de internações, têm crescido a preocupação com o avanço da pandemia de coronavírus em Mato Grosso do Sul. Campo Grande tem 91,7% dos leitos gerais de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, enquanto em Dourados a ocupação é de 85,2%. Diante do cenário crítico, infectologistas alertam que há risco de colapso na saúde e que medidas restritivas devem ser tomadas, incluindo até um lockdown.

Infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda explica que a situação do Estado é crítica, com a taxa de ocupação geral de leitos SUS em 90%. “Se manter o ritmo de aumento de casos, entraremos em colapso. É preciso tomar medidas mais restritivas”, diz o especialista.

Com o aumento de casos e a situação crítica na saúde em estados brasileiros, o lockdown volta a ser pauta. Afinal, chegou a hora de restringir a circulação de pessoas em Mato Grosso do Sul? Croda ressalta que a macrorregião de Dourados e de Campo Grande tem registrado taxa de ocupação em cerca de 90% dos leitos de UTI há pelo menos duas semanas e, por isso, se posiciona favorável a um lockdown nas duas regiões que têm causado preocupação no Estado. “Principalmente no contexto de uma nova variante”, pontua.