Mais de 5 mil veículos foram fiscalizados nas rodovias do Estado neste ano.

Na mira da fiscalização: MS aplicou 387 multas por transporte clandestino de passageiros em 2021

A facilidade em pegar transporte alternativo oferecido pelos novos aplicativos pode se tornar dor de cabeça ao passageiro. Isso porque certos transportes não são regulamentados e funcionam de forma clandestina em Mato Grosso do Sul. Somente em 2021, mais de 387 foram multados e outros 5 veículos foram apreendidos transportando passageiros de forma ilegal.

A Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) atua nas rodovias para fiscalizar esse tipo de transporte. Em 2021, já foram 5.162 veículos abordados, como vans e ônibus parados pela fiscalização — esses dados são referentes ao período de janeiro a novembro. O mês de maior fluxo foi julho, quando houve 804 paradas. 

Desse total, 337 receberam autos de infração por alguma irregularidade. Em maio, foram lavrados 46 autos, ou seja, mais de um por dia. Mas a 'dor de cabeça' pode não ser só da empresa que faz esse tipo de transporte. Casos em que a infração impede a viagem de continuar e os passageiros precisam esperar outros veículos também acontecem: foram cinco vezes em agosto e duas em setembro.

Há ocasiões também em que o transporte chega a ser apreendido. Foram pelo menos cinco vezes neste ano em MS. Uma aconteceu em janeiro, duas em fevereiro e outras duas na terça-feira (14). Segundo a Agems, os dados de dezembro ainda não foram consolidados e o número de apreensões pode ser maior, já que dezembro é o mês que as pessoas mais viajam. 

Na terça, os fiscais da agência aplicaram autos de infração e apreenderam dois ônibus irregulares a serviço das empresas Buser — reincidente na Agems — e da Beebus, nova empresa que também atua por aplicativo e de forma irregular.

Mas por que é irregular?
Segundo o diretor de Transportes, Rodovias e Portos, Matias Gonsales Soares, as empresas de ônibus não autorizadas ou que tenham permissão apenas para fazer fretamento não podem vender passagem individual e realizar viagens no modelo de linha regular, como é o caso da Buser.