Ministério Público aponta que prática tem sido recorrente e repassa orientações para a população.

No interior de Mato Grosso do Sul, longe cerca de 2230 quilômetros da Capital, uma mulher perdeu cerca de R$14 mil após ser vítima de estelionato e cair no golpe do chamado "falso advogado", que enganou essa vítima e pediu transferências através de videochamada.
Esse caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) ontem (05), porém o crime em si aconteceu há uma semana, conforme apurado pelo portal Dourados News, em 29 de abril.
Moradora do bairro Jardim Pantanal, a vítima relatou em boletim de ocorrência que estava no aguardo do desfecho de uma ação judicial, após ser informada por seu próprio advogado de que essa estaria "prestes a ser concluída".
O desfecho, porém, foi diferente do imaginado e começou com o recebimento de uma vídeo chamada feita através do Whatsapp, de um número que a vítima sequer conhecia.
O golpe
Por ligação, o falso advogado disse para a vítima que a causa havia finalmente sido ganha, momento em que aproveitou para despejar uma série de "poréns" e requisitos para que a mulher recebesse a indenização.
Segundo o golpista, a mulher devia transferir valores referentes ao limite do cartão de crédito para uma conta do Banco Bradesco, sob a justificativa de que isso evitaria que ela pagasse imposto de renda.
A mulher então seguiu as orientações, inclusive criando uma conta em banco digital sob orientação dos golpistas, colocando links no aplicativo do banco antes de desconfiar e perceber que tudo não passava de um golpe.
Após transferências para a instituição de pagamento digital e outras duas contas de pessoas físicas, os valores enviados para o golpista somaram R$ 14.281,87, caso esse que passa a ser investigado como estelionato apesar da vítima decidir por não representar criminalmente, até o momento, contra os envolvidos.
Como se proteger
Em material recente, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul alertou para uma série de golpes que tem afetado os consumidores em ambientes digitais, destacando que o do "falso advogado" tem se popularizado e se tornado cada vez mais frequente.
O MPMS aponta justamente que, diferente dos crimes onde advogados passam a perna em ações ganhas e ficam com o dinheiro, abordados pelo Correio do Estado, os criminosos nesse caso sequer são profissionais habilitados.
Do método usado por esses criminosos, o Ministério Público esclarece que as informações pessoais públicas são obtidas em processos judiciais e que os golpistas usam "técnicas como engenharia social, phishing e clonagem de WhatsApp" para liberação dos valores.
Fingindo ser advogados ou membros de escritório, os golpistas usam números estranhos e contas falsas, às vezes com as fotos, nomes e identificações de marcas conhecidas das vítimas.
Diante desse perigo, o Ministério traz um passo a passo com orientações para a população caso sejam vítimas de golpes:
Registrar boletim de ocorrência (B.O) na Delegacia de Polícia Civil mais próxima;
Guarde as provas (prints, e-mails, mensagens, movimentações bancárias);
Comunique imediatamente o banco/plataforma onde o golpe ocorreu;
O MPMS pode ser procurado para orientações e encaminhamentos adicionais.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!