Moradora de Goiânia já fez 77 sessões de fisioterapia para recuperar mobilidade do membro

Marise Teixeira de Araújo Amorim, de 66 anos, moradora de Goiânia, já realizou quatro cirurgias no polegar após fazer a unhas em um salão de beleza de São Paulo, onde estava durante viagem. O dedo da mulher infeccionou no mesmo dia, e relatou ainda a dor que sentia só passou após tomar um analgésico. Marise não tinha o hábito de fazer as unhas em salão de beleza, e todos os materiais usados no procedimento eram do espaço.
Segundo Marise, a profissional que a atendeu foi cuidadosa, e não se queixa de falta de zelo. Ela explica que tudo começou quando precisou lixar a unha. “Ao lixar a unha, que é muito grudada na pele, ela acabou fazendo um ferimento embaixo dela”, disse a mulher.
Marise só percebeu o que tinha acontecido quando a profissional passou acetona no local, para retirar excesso de esmalte, e ela sentiu ardência na região.
No dia seguinte, quando os remédios já não adiantavam mais, a mulher decidiu ir até o hospital, onde descobriu que o dedo estava infeccionado. Lá, ela tomou antibiótico e anti-inflamatório, além de uma injeção intramuscular para dor. Segundo ela, todas as medicações funcionaram por pouco tempo, e no mesmo dia, precisou retornar ao hospital.
Ao retornar para sua cidade, ela procurou por um angiologista (médico que trata de doenças relacionadas aos vasos sanguíneos). O profissional fez uma cirurgia de emergência, visto que o dedo de Marise não parava de inchar. Essa primeira intervenção cirúrgica foi realizada para retirar o tecido morto e tratar a infecção, assim como drenar o pus.
A mulher relata que após alguns exames, foi constatada uma infecção bacteriana, e mesmo tomando os antibióticos mais potentes, acabou fazendo a segunda cirurgia para tirar a ponta de polegar, porque acabou necrosando.
Já a terceira cirurgia foi realizada para reconstruir parte do dedo. O procedimento utilizou parte da pele do pé dela. O procedimento foi de alta complexidade, pois houve a necessidade de fazer ligações de nervos e vasos sanguíneos, visto que foi um autotransplante.
A quarta cirurgia foi realizada para melhorar o contorno do polegar da mulher.
Com tantos procedimentos no polegar da mão dominante de Marise, o dedo acabou perdendo a mobilidade. Para evitar sequelas maiores, a mulher realizou 77 sessões de fisioterapia.
A mulher já não tem mais infecção do membro da mão, mas relata que tem dificuldade para executar tarefas básicas do dia a dia.
Alerta
De acordo com o Ministério da Saúde, ao decidir fazer as unhas em salão de beleza, é recomendado que leve seu próprio estojo de instrumentos para o procedimento.
O órgão alerta que em casos de ferimentos como cortes, há uma alta probabilidade de se infectar com doenças como hepatite e Aids, mesmo que sejam cortes pequenos. Dessa forma, é recomendado procurar atendimento médico imediato.
*Com informações UOL
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