O suspeito estava alterado no momento das diligências e chegou a tentar se ferir batendo com a cabeça na parede.

Mulher em cárcere privado pede socorro para amiga e é resgatada em distribuidora de bebidas
O suspeito estava alterado no momento das diligências e chegou a tentar se ferir batendo com a cabeça na parede. / Foto: PCDF/Divulgação

Uma mulher de 38 anos, que não teve a identidade revelada, foi resgatada por agentes da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), após passar quatro dias em cárcere privado em uma distribuidora de bebidas, em Taguatinga. 

De acordo com o site R7, ela conseguiu enviar uma mensagem de socorro a uma amiga, que acionou a polícia. Seu agressor foi detido nesta segunda-feira (14) por ameaça, estupro e lesão corporal. 

A vítima estava presa em um espaço de aproximadamente 15 metros quadrados desde sexta-feira (11), com apenas um colchão no chão e sem banheiro no local. Ela foi encontrada com diversas lesões pelo corpo. 

O suspeito estava alterado no momento das diligências e chegou a tentar se ferir batendo com a cabeça na parede.

De acordo com o depoimento da vítima, o relacionamento começou em 2010 e os dois tiveram um filho juntos. Ainda durante a gravidez da companheira, o homem foi preso e ficou detido até o ano de 2016. 

Na época, ele tentou aproximação por meio de mensagens, mas a mulher disse não ter mais interesse no relacionamento. Só em setembro de 2021, após promessas de mudança, os dois reataram a relação.

Em novembro, disse a vítima, o homem começou a apresentar comportamentos agressivos por causa do uso de drogas. Ela contou à polícia que na última quinta-feira (10) estava em um aniversário na companhia de uma amiga quando começou a receber ligações dele.

Ao se encontrarem, os dois foram para um hotel, onde o suspeito usou crack e ficou cada vez mais agressivo. Quando ele saiu para comprar mais drogas, a vítima ligou para a polícia e pediu medidas protetivas, mas não representou contra o homem por medo de prejudicá-lo.

 Na sexta-feira (11), a mulher saiu da delegacia direto para o trabalho, mas, antes do fim do expediente, ele a esperava na saída. A vítima foi coagida a ir até uma distribuidora de bebidas que pertence à família do suspeito e, depois, à casa dele.