Ação foi deflagrada em conjunto pelas Polícias Civis de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Piauí.
Uma mulher, identificada por Maxilaine Aparecida Pereira Ribeiro, de 35 anos, foi presa em Nova Andradina nesta terça-feira (11) durante a “Operação Alvará Fantasma”, deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate a Estelionatos do Departamento de Investigações Criminais (DCE/DIC). A ação contou com o apoio das Polícias Civis de Mato Grosso do Sul e do Piauí e teve como alvo uma quadrilha especializada no chamado “golpe do falso advogado”.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária nas cidades de Nova Andradina, Dourados, Campo Grande e Três Lagoas, além de um mandado em Geminiano (PI).
Esquema de estelionato
As investigações, iniciadas em junho deste ano, em Florianópolis (SC), revelaram que o grupo criminoso se passava por advogados utilizando fotos, nomes e registros reais da OAB para dar credibilidade às fraudes. Por meio de aplicativos de mensagens, os golpistas convenciam as vítimas a realizar pagamentos de supostas custas processuais e alvarás judiciais, utilizando documentos falsificados com timbres e assinaturas simuladas do Poder Judiciário.
Uma das vítimas catarinenses relatou prejuízo de cerca de R$ 100 mil, enquanto outras três pessoas também foram lesadas, totalizando mais de R$ 170 mil em danos. A investigação apontou que a base operacional do grupo estava em Nova Andradina, de onde as fraudes eram articuladas.
Bloqueio de contas e apreensões
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam celulares e outros equipamentos eletrônicos utilizados nas ações criminosas. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 300 mil em cada uma das 63 contas bancárias ligadas aos investigados, medida que visa impedir o escoamento dos valores obtidos de forma ilícita.
Os sete suspeitos presos durante a operação vão responder pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa. A Polícia Civil informou que a análise do material apreendido deve permitir a identificação de novas vítimas e o rastreamento dos valores desviados.
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