Candidatos precisaram "calcular" variáveis decorrentes de mudanças estruturais com o fim de coligações.

Mudanças em regras e de partido foram decisivas para ‘insistentes’ serem eleitos em Campo Grande

Das 29 cadeiras da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, 17 serão preenchidas por novatos, muitos deles, realizando o sonho de conquistar um mandato eletivo após diversas tentativas e frustrantes chutes na trave. O gol finalmente veio em 2020, após muitos deles contaram com uma “forcinha” na mudança das regras eleitorais. Basicamente, eleitos pela primeira vez após mais de uma tentativa em Campo Grande fizeram conta que considerou até mudança de partido.

Isso porque, em 2017, a Emenda Constitucional 97 provocou grandes mudanças estruturais. Basicamente, ao resultado das eleição de vereadores não considera mais as longas coligações, somente os votos depositados no partido, e isso mexeu na “matemática” do quociente eleitoral.

No último domingo (15), os 412.796 votos válidos depositado pelos eleitores campo-grandenses foram divididos pelas 29 cadeiras de Campo Grande, chegando à razão de 14.234. Assim, a legenda que atingisse este número de votos conseguiria garantir uma vaga. Na contagem final, entram os correligionários mais votados. Foi o caso de Tiago Vargas (PSD), que conquistou 6.202, o mais votado entre os eleitos. Se ele estivesse filiado a partido não não atingiu os 14.234 votos, elenão entraria na lista de eleitos, mesmo sendo o mais votado.