Essas policlínicas representam um avanço significativo no acesso a serviços de saúde especializados para a população beneficiada pelo SUS.

MS terá duas das 55 policlínicas que o governo federal vai construir no país
As policlínicas serão construídas em Campo Grande e Dourados. / Foto: Divulgação/Gov BR

Mato Grosso do Sul será contemplado com a construção de duas das 55 novas Policlínicas que serão erguidas em todo o Brasil pelo governo federal, como parte do ambicioso Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) no eixo da Saúde. As unidades serão implantadas em Campo Grande e Dourados.

O programa tem como objetivo preencher lacunas de assistência médica especializada, levando esses serviços a áreas que historicamente não tinham acesso a eles. Com um investimento total de R$1,65 bilhão, cada unidade receberá um montante de R$30 milhões, distribuído igualmente entre infraestrutura e aquisição de equipamentos.

O Ministério da Saúde informou em nota ao Correio do Estado, que serão repassados aos municípios por meio de contrato de repasse, com valor estimado de R$ 30 milhões por Policlínica, com parte destinada à edificação e outra à aquisição de equipamentos.

“A implantação das Policlínicas Regionais está prevista no Novo Programa de Aceleração do Crescimento. Foram selecionadas duas propostas de Policlínicas para o estado do Mato Grosso do Sul, nos municípios de Campo Grande e Dourados.”.

Essas unidades funcionarão como centros de acesso a Serviços Especializados de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, oferecendo consultas com especialistas médicos e não médicos organizados para atender as necessidades específicas de cada região, baseadas no perfil epidemiológico da população local.

A seleção das propostas levou em consideração critérios como alcance regional ou macrorregional, maior vulnerabilidade socioeconômica, vazios assistenciais de policlínicas e adesão ao projeto arquitetônico padrão. O Ministério da Saúde também se inspirou nas experiências de outros estados, como Bahia e Ceará, na oferta de Policlínicas Regionais de Saúde.

Além disso, o Ministério esclareceu que a proposta da Policlínica do Município de Três Lagoas foi considerada habilitada, mas não foi selecionada. No entanto, está disponível para financiamento via Emenda Parlamentar.

Essas policlínicas representam um avanço significativo no acesso a serviços de saúde especializados para a população beneficiada pelo SUS. Com cada nova unidade sendo um passo em direção à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos atendidos.

Novo Pac Saúde
A diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática, Suzana Ribeiro, explicou que a inclusão das Policlínicas no Novo PAC foi inspirada em experiências bem-sucedidas de outros estados, como Bahia e Ceará, que já possuem Policlínicas Regionais de Saúde.

“Com esta ação, materializamos a Política Nacional de Atenção Especializada à Saúde, pactuada em outubro de 2023, no espaço tripartite com as representações dos estados e municípios. As policlínicas nos auxiliam com a condição de estrutura. Não só na estrutura física, mas na oferta de serviços para atender as diversidades regionais, de acordo com a realidade epidemiológica local”, afirma. 
Durante o processo de seleção das propostas, houve um realinhamento de recursos, resultando na inclusão de uma unidade adicional, elevando a meta inicial de 54 para 55 Policlínicas.

Para Suzana Ribeiro, cada nova unidade do SUS representa um avanço significativo em termos de qualidade de vida para os beneficiários do sistema, permitindo acesso facilitado a consultas especializadas, exames e procedimentos terapêuticos em um único local, otimizando tempo e resolutividade do atendimento.

“Para o beneficiário do SUS a proposta da policlínica traz uma condição ímpar que é permitir que ele consiga ter acesso não só à consulta especializada, mas também à realização de exames e a possibilidade de ser encaminhado para um outro serviço de maior complexidade”, finaliza Suzana. 
Além de oferecer serviços de saúde abrangentes, as Policlínicas também desempenham um papel crucial na formação e qualificação de profissionais de saúde, além de servirem como centros de apoio à inteligência sanitária nos territórios, graças à sua infraestrutura tecnológica e capacidade de integração com outros serviços de saúde locais.