Apenas 58% das residências possuem rede geral ou pluvial de esgoto
O número de domicílios com acesso à rede de esgoto em Mato Grosso do Sul tem crescido, mas ainda segue distante do ideal. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados no levantamento “Características gerais dos domicílios e dos moradores 2024”, que compõe a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, mais de um terço das residências permanecem sem acesso ao esgotamento sanitário.
Em 2024, 63,7% dos domicílios continham banheiro, sanitário ou buraco para dejeções com acesso à rede de esgoto, sendo 58% com rede geral ou pluvial, e 5,7% com fossa séptica ligada à rede. Assim, dos mais de 1 milhão de residências sul-mato-grossenses, apenas 627 mil possuíam rede de esgotamento. Entre os outros 36,3%, há domicílios com fossa séptica não ligada à rede (17,8%), ou com outro tipo não especificado (18,5%).
A diferença entre a área urbana e rural é enorme: enquanto a urbana tem 69,3% das moradas com acesso à rede, apenas 3,1% na área rural possuem o recurso.
No entanto, os números têm crescido em comparação aos anos anteriores. Em 2019, o número total de domicílios com esgotamento sanitário era de 51,4%; em 2022, subiu para 57,4%; em 2023, teve declínio mínimo para 57,3%; e atingiu 63,7% no ano passado.
A média brasileira em 2024 foi de 70,4%. No entanto, há uma diferença grande entre as regiões: enquanto o Norte (31,2%) e o Nordeste (51,1%) possuem baixos índices, o Sudeste (90,2%) e o Sul (70,2%) têm altos números de domicílios com acesso à rede de esgoto. Já o Centro-Oeste têm percentual ligeiramente superior ao de Mato Grosso do Sul, com 63,8%.
Energia elétrica e água têm bons indicadores
Por outro lado, Mato Grosso do Sul possui bons indicadores em relação ao fornecimento de eletricidade e abastecimento de água por rede geral de distribuição.
O estado possui 98,7% dos domicílios com energia elétrica proveniente de rede geral em tempo integral, sendo o 10º maior índice do país. MS também fica acima da média nacional, com 98,4%.
Já em relação ao abastecimento de água, Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com a 3ª maior cobertura de abastecimento de água pela rede geral de distribuição, com 90,5%, atrás apenas do Distrito Federal (96,5%) e São Paulo (96,6%). Os outros 9,5% de MS são referentes a domicílios abastecidos por poços profundos ou artesianos (8,4%), poços rasos, freáticos ou cacimbas (0,7%), fonte ou nascente (0,4%) e outras formas (0,1%).
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