Com no nota 58, o Estado ficou em 7º lugar na avaliação anual feita pela ONG (Organização Não Governamental) CLP (Centro de Liderança Pública).

MS perde posição no ranking, mas fica entre os Estados mais competitivos
Policiais fazendo a segurança no centro de Campo Grande; MS teve nota 85 no quesito segurança pública. / Foto: Marcos Ermínio

Depois de ser considerado o 5º unidade da federação mais competitiva do país, Mato Grosso do Sul perdeu posições no ranking, mas permanece no “top 10”. Com no nota 58, o Estado ficou em 7º lugar na avaliação anual feita pela ONG (Organização Não Governamental) CLP (Centro de Liderança Pública).

Em 2016 e 2017, Mato Grosso do Sul teve notas maiores – 65,1 e 62,7 respectivamente. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (14).

Em sua sétima edição, o ranking de competitividade, elaborado pela organização em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada e Economist Intelligence, avalia dez quesitos de gestão pública: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.

A análise resulta em notas que variam de 0 a 100 para as unidades da federação. A pesquisa mede a capacidade competitiva dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.

Violência – Apesar da guerra entre facções na fronteira, que só fez aumentar a quantidade de assassinatos violentos e roubos nas 79 cidades sul-mato-grossenses, um dos quesitos que mantém Mato Grosso do Sul com bom desempenho no ranking é a nota de segurança pública.

Em 2018, os melhores índices do Estado foram nas áreas da segurança – o Estado ficou em 4º lugar, com 85,1 pontos – potencial de mercado (nota 46,7 e 9ª posição) e infraestrutura (nota 50 e 9º lugar).

A pesquisa aponta que estados brasileiros estão perdendo competividade por causa da violência. É o caso, por exemplo, do Acre, que perdeu oito posições no ranking nacional em decorrência da violência, e agora está na última colocação.

Na área de segurança pública, passou de 5º colocado (em 2015) para 20º (em 2018). A explicação é justamente a disputa de organizações criminosas pelo controle da fronteira, por entram drogas e armas.

De acordo com o estudo, desde 2016, “a disputa pelo controle de fronteiras do tráfico de drogas na região, levou a um enorme aumento da violência, de 2015 para 2016, o número de homicídios subiu 86%. Só no Acre, são 1,4 mil quilômetros de fronteiras com a Bolívia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo”.

Meio ambiente - O pior desempenho de Mato Grosso do Sul é em sustentabilidade ambiental, quesito avaliado com 50,9 pontos e que coloca o Estado na 17ª posição dentre as unidades da federação.