Estatal fechou ano com 1,8 mil clientes.

MS Gás supera meta e fecha 2019 com lucro de R$ 41 milhões

A MS Gás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul) teve lucro líquido de R$ 41 milhões em 2019. O resultado superou a meta da empresa estatal em 226%. O número de clientes da empresa, porém, ficou abaixo da meta: no ano passado, a companhia encerrou o ano com 1.813 clientes, em meio a uma meta de 2.399.  

O Ebitida (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de 62,5 milhões também superou a meta do ano em 74%. A meta prevista era de R$ 35 milhões.  

Em balanço públicado nesta quinta-feira (20) a empresa emitiu o seguinte comentário em relação aos números públicados: “A MS Gás atingiu satisfatoriamente as metas a que se propôs, com destaque para a superação positiva da realização das metas de margem de contribuição, custeio, EBITDA, lucro líquido, extensão de rede, volume não

térmico, que refletiram o esforço na gestão da empresa, refletindo as ações de contenção de gastos”.

Sobre a contenção de gastos, a meta de custeio era de R$ 39 milhões, e o valor realizado ficou em R$ 36,6 milhões. A rede da empresa foi expandida em 27 quilômetros no ano.

A respeito da base de clientes, a empresa emitiu a seguinte justificativa: “A realização da meta de ligações de clientes, ficou prejudicada em função de reprogramação da construtora de implantação de grande empreendimento, com mais de 500 unidades consumidoras, transferida para o ano de 2020”.

O volume de vendas para clientes, exceto as usinas termelétricas, bateu a meta. Foram comercializados 216 milhões de m³ de gás natural.  

PRIVATIZAÇÃO

Há dois anos que o governo do Estado não esconde o desejo de transferir a MS Gás para a iniciativa privada. O governo controla a empresa, que também tem como sócios a Petrobras e Mitsui Gás e Energia. Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi contratado para viabilizar a venda da empresa em 2017.  

Por enquanto, porém, não há interesse imediato para vender a empresa. O Correio do Estado apurou que o governo espera regras mais claras da abertura do mercado de gás e energia para levar os estudos adiante.