Comércio e agropecuária foram os setores que mais contribuíram para o saldo

MS fecha 646 empregos em março, o pior resultado para o mês desde 1992

O mercado de trabalho de Mato Grosso do Sul terminou março com resultado negativo recorde. O saldo entre contratações e demissões foi -646 empregos, conforme mostra o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado na tarde desta sexta-feira (dia 20) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número é o menor para o mês desde 1992, quando o Caged teve início.

No total, as empresas instaladas em Mato Grosso do Sul contrataram 20.126 e demitiram 20.772 trabalhadores no mês passado. Com isso, foram extintos 646 postos de trabalho. Em toda série histórica do Caged, apenas nos anos de 1992 e de 1998 tiveram saldos negativos no mês de março. No mesmo período de 2017, o resultado foi de 1.245 empregos.

Das oito atividades econômicas consideradas na pesquisa, cinco demitiram mais que contrataram em Mato Grosso do Sul. O pior desempenho foi do comércio, que admitiu 4.918 e desligou 5.467 empregados, resultando em -549 empregos.

Os demais setores com saldos negativos foram os seguintes: agropecuária (-451 vagas de emprego), indústria de transformação (-15), serviços industriais de utilidade pública (-12) e administração pública (-2). Por outro lado, terminaram o mês com resultados positivos os serviços (351 postos de trabalho), a construção civil (23) e o extrativismo mineral (nove).

Por município, as principais contribuições para o esfriamento do mercado de trabalho sul-mato-grossense vieram de Campo Grande (-277), Dourados (-238), Maracaju (-177), Três Lagoas (-96) e Naviraí (-81).

No ano, a diferença entre contratações e demissões em Mato Grosso do Sul está positiva em 4.537 empregos. No acumulado de 12 meses, o saldo é negativo, com fechamento de 6.320 vagas.

País – Em março, o resultado de Mato Grosso do Sul diferiu do da maioria dos demais estados. Em todo o País, houve abertura de 56.151 empregos. Seis dos oito principais setores econômicos tiveram saldo positivo.

O principal deles foi o de serviços, com a criação de 57.384 novos postos de trabalho. A indústria de transformação foi o segundo setor com melhores resultados (+10.450 postos).