O trio já havia contado com a prisão preventiva decretada.

O MPE (Ministério Público Estadual) entrou com recurso contra a decisão que concedeu liberdade a Sueli da Silva, 53, acusada de ter atraído Zuleide Lourdes Teles da Rocha, 57, para a emboscada a qual foi executada. O pedido é direcionado a 3ª Vara Criminal da Comarca de Dourados e assinado pela promotora de Justiça Claudia Loureiro Almirão.
Como mostrado pelo Dourados News, o assassinato de Zuleide foi articulado pelo marido dela, o detetive Givaldo Ferreira, 62 anos, que contou com a participação de José Olimpio de Melo Junior, 32, e Willian Ferreira dos Santos (filho de Givaldo), 25. O trio já havia contado com a prisão preventiva decretada.
Sueli havia recebido liberdade condicional, no entanto, o pedido do MPE para mudança dessa definição tem como base argumentos da influência da mulher no caso, como “mentora espiritual” de Givaldo e auxiliando a premeditar o crime.
“Há indícios de que como guia espiritual de Givaldo, a recorrida tenha influenciado negativamente em sua disposição para a prática do crime, na medida em que o aconselhou a matar a esposa para resolver os conflitos conjugais, o que evidencia extrema periculosidade”, diz trecho do texto.
O documento explana ainda sobre a trapaça da mulher ao atrair a vítima com uma proposta de trabalho e o auxílio em esconder as provas do crime.
“Sueli da Silva e Givaldo Ferreira dos Santos premeditaram a execução da vítima e articularam planos juntamente com José Olímpio de Melo e Willian Ferreira dos Santos para atrair Zuleide ao local em que foi assassinada, sobre o pretexto de que seria contratada para um serviço de investigação particular. Além disso, articularam meios para desaparecerem com as provas do crime para produzir álibi para Givaldo [...]”, aponta o MPE.
Para finalizar, o MPE destaca que livre, Sueli poderia tentar alterar provas ou intervir negativamente no andamento do caso.
“É evidente o risco de que em liberdade, a recorrida intervenha no sentido de eliminar ou alterar provas e de furtar-se à aplicação de lei penal, tendo em vista que após o crime, tentou esconder a arma do crime e orientou Willian Ferreira dos Santos a deixar a cidade, bem como empreendeu fuga do distrito da culpa e somente foi capturada em Rio Brilhante” .
O caso
No sábado (19), a detetive foi encontrada morta em uma mata nas imediações da Rua Criciúma, Bairro Vival dos Ipês, após cair em uma emboscada. Ela foi atraída para o local do crime por uma proposta de trabalho.
Após investigações do SIG (Setor de Investigações Gerais), Givaldo Ferreira dos Santos, José Olímpio de Melo Junior, 32, e Willian Ferreira dos Santos foram indiciados pelo crime.
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