Segundo apontado pelo MPE, fiscais do Conselho teriam feito uma visita à marmitaria contratada pela Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), localizada na Rua Ponta Porã, e constataram diversas irregularidades.

O Ministério Público Estadual instaurou procedimento preparatório para apurar uma denúncia do Conselho Regional de Nutrição da 3ª Região, que aponta irregularidades no processo de preparo das marmitas que são ofertadas aos pacientes do Hospital da Vida e UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Segundo apontado pelo MPE, fiscais do Conselho teriam feito uma visita à marmitaria contratada pela Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), localizada na Rua Ponta Porã, e constataram diversas irregularidades.
“O resultado da diligência apontou uma série de inconformidades com processo de produção, transporte, armazenamento da alimentação, motivo pelo qual este procedimento foi instaurado”, afirma o documento.
Posteriormente, a empresa contratada e a Funsaud foram questionadas sobre a situação de risco aos pacientes. A marmitaria reconheceu a necessidade de ajustes para atender o contrato com as unidades de saúde e se comprometeu a contratar uma nutricionista que auxiliasse no preparo das refeições.
No dia 10 de janeiro a vigilância sanitária também foi acionada para realizar vistoria no local e ficou constatado uma necessidade urgente de adequar a limpeza, a organização e a conservação dos equipamentos utilizados para o preparo das refeições.
A empresa garantiu ao MP que alguma das adequações exigidas pelo conselho foram aderidas. Tais como:
- Realização de coleta de amostra diária;
- Aferição de temperatura dos alimentos diariamente;
- Utilização de luvas pelos funcionários durante a manipulação de alimentos prontos ou crus;
- Treinamento destinado às colaboradoras sobre as Boas Práticas de Fabricação conforme a Resolução 216/04, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação;
- Realização de exames periódicos às colaboradoras a fim de comprovar que estão aptas para as funções que desempenham;
- Melhorias na iluminação do ambiente de trabalho;
- Instalação de azulejos que estavam faltando;
- Conserto nas tomadas elétricas;
- Retirada dos botijões de gás que antes ficavam dentro da cozinha;
- Os banheiros e a pia de lavagem das mãos foram abastecidos de sabonete líquido e papel toalha;
- Colocação de telas milimétricas nas portas;
Conforme se pôde observar no documento do Ministério Público, há necessidade também de pintura do teto da marmitaria. Porém, a empresa explicou que não será possível realizar a adequação de forma imediata.
Além disso, portas de banheiros que ficam na sala de armazenamento dos alimentos não serão removidas por enquanto.
Agora a empresa fornecedora terá o prazo de dez dias para explicar as informações contraditórias em relação às modificações realizadas no estabelecimento.
A Secretaria Municipal de Saúde e a Funsaud também foram notificadas e vão ter que dar explicações quanto às medidas a serem tomadas em relação às desconformidades apresentadas no Hospital da Vida apontadas pelo Conselho Regional de Nutricionistas.
O Dourados News buscou contato com a fundação via ligações telefônicas para esclarecimento do modo de acompanhamento da produção das refeições.
Além disso, a administradora do HV e UPA precisa também esclarecer os critérios de contratação de empresa fornecedora de refeições, já que a referida marmitaria não tinha nem mesmo nutricionista para qualificar e assegurar as condições dos alimentos.
Nenhuma das tentativas de chamada foram atendidas.
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