Prints de conversas revelaram a briga dias antes do assassinato, em agosto de 2020.

Vai a julgamento nesta sexta-feira (24), em Campo Grande, o motoentregador Bruno César de Carvalho, de 24 anos, acusado do assassinato de Emerson Salles da Silva, de 33 anos, morto a tiros em seu local de trabalho, em agosto de 2020.
Bruno se entregou seis dias depois quando foi decretada a sua prisão preventiva pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Juri. Mensagens trocadas em WhatsApp revelaram uma briga fútil entre os colegas de trabalho antes do crime.
Em uma das conversas, Emerson manda um áudio para Bruno falando sobre não ter gostado de ter de trabalhar no seu lugar, já que o autor teria mandado arrumar a motocicleta. Em resposta, Bruno diz em uma das mensagens “Larga mão de ser c*, vai trabalhar, eu preciso arrumar minha moto”.
Em seguida, outra mensagem é enviada por Emerson a Bruno: “Vamos ver se você é bravo mesmo, fodão”. O autor responde: “Só reclama, aqui não é Corumbá, não”.
Os dois continuam trocando ofensas e no dia do crime acabam entrando em vias de fato, trocando socos na lanchonete na Avenida Mato Grosso. Eles chegam a ser separados por funcionários, mas voltam a brigar e Bruno vai até a mochila e retira o revólver, avisando que está armado.
Em seguida, pelas imagens divulgadas, é possível ver quando Bruno faz disparos contra Emerson, que se agarra à pilastra da lanchonete e cai no chão, sendo que neste momento o autor se aproxima e faz um disparo contra a cabeça de Emerson, que chega a ser socorrido, mas morre na Santa Casa. Uma funcionária do local entra em desespero e pede para que Bruno não atire contra Emerson, que ainda está vivo, mas de nada adianta.
O assassinato
Um dia antes do crime, na quarta-feira, Bruno teria levado a motocicleta para arrumar e, por isso, avisou que Emerson trabalharia sozinho. Assim, os dois já tiveram uma primeira briga, em que trocaram xingamentos. Já na noite do crime, o autor estava conversando com um funcionário da lanchonete e perguntou se era Emerson quem iria lá. “Tomara que ele nem venha, se não ele vai ter o dele”, teria ameaçado o colega, momentos antes de Emerson chegar ao serviço.
Assim, logo que Emerson chegou ele e o colega iniciaram a discussão e depois começaram a se agredir. Com isso, os dois teriam trocado socos e ainda foram ‘apartados’ pelas pessoas que estavam ali, mas brigaram novamente.
Foi então que o entregador sacou a arma de fogo, que não se sabe ao certo se estava na cintura ou na mochila. Neste momento, ele fez os primeiros disparos e a dona da lanchonete implorava para que ele não matasse Emerson. Mesmo assim, ele deu mais um disparo na cabeça da vítima.
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