Dados do Monitoramento de Incêndios Florestais do Estado de MS comparam incidência de incêndios no mesmo período do ano anterior
Dados do Monitoramento de Incêndios Florestais do Estado de MS, elaborado pelo CEMTEC (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) em parceria com a ASBOM (Assessoria Bombeiro Militar), e divulgados nesta terça-feira (16), revelam uma diminuição significativa nas áreas queimadas nos biomas do estado em 2025.
O relatório, que cobre o período de 1º de janeiro a 15 de setembro de 2025, mostra uma redução de 79,6% na área queimada do bioma Cerrado em comparação a 2024. Já no Pantanal, a diminuição é ainda mais expressiva, alcançando 98,0%.
No Cerrado, a área queimada caiu de 194.390 hectares em 2024 para 39.620 hectares em 2025. No Pantanal, a redução foi de 1.542.618 hectares queimados em 2024 para 30.198 hectares em 2025.
O número de focos de calor também teve uma queda drástica: 74,0% no Cerrado e 98,2% no Pantanal.
Essa tendência positiva se estende a áreas protegidas, onde a diferença entre os anos é notável. Nas unidades de conservação, a saber, Pantanal e Cerrado, a redução foi de 96,2% na área queimada.
Já em terras indígenas, a redução foi de 95,7% na área queimada. Na Rede Amolar (Pantanal), o número também foi significativo, com redução de 99,8% na área queimada.
O Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, responsável pelo combate a incêndios em vegetação, também registrou menos ocorrências, com uma queda de 32,6% nos atendimentos em comparação a 2024.
Desde o início de 2025, 885 bombeiros militares já foram empregados em ações de prevenção, preparação e combate a incêndios florestais.
Previsão meteorológica
Apesar da melhora nos índices, a atenção permanece alta. A previsão meteorológica para os dias 16 a 21 de setembro indica que as condições climáticas podem favorecer novos focos de incêndio.
As temperaturas mínimas na região pantaneira devem ficar entre 27°C e 29°C , enquanto as máximas podem variar de 34°C a 40°C. A umidade relativa do ar, por sua vez, está prevista para ficar entre 10% e 30%.
A combinação desses fatores climáticos eleva o perigo de fogo para o nível “extremo” no Pantanal de 16 a 21 de setembro, de acordo com dados do LASA. Para o trimestre de setembro a novembro de 2025, a maior parte do estado está sob alerta de “Atenção” para o risco de incêndios.
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