“A verdadeira defesa dos direitos humanos, portanto, exige o repúdio ao golpismo e à violência promovida por grupos antidemocráticos e orientados pelo fascismo”, completou o ministro.
Em nota divulgada nas redes sociais, o ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida, respondeu ao pedido de deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), que pediram melhores condições de tratamento para os manifestantes detidos após o desmonte do acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília na segunda-feira (9).
“Recebemos a informação de que falta água e falta comida para eles. Vamos acionar a DPU e o Ministério dos Direitos Humanos. Entre os detidos, há manifestantes que atuavam de forma pacífica e vândalos. Seja como for, todos necessitam de condições básicas”, afirmou Carla Zambelli.
Silvio Almeida respondeu ao pedido de direitos humanos aos manifestantes nesta terça-feira (10), ele disse o seguinte:
“Inicialmente, cumpre esclarecer que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania se alinha totalmente à postura adotada pelo Presidente da república e pelos Chefes dos demais poderes no sentido de dar aos atos golpistas e à frustrada tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito o mais rigoroso tratamento, nos termos da lei e da Constituição Federal. Como a história tem mostrado, golpistas são, invariavelmente, violadores de direitos humanos e detratores da cidadania”, tuitou.
“A verdadeira defesa dos direitos humanos, portanto, exige o repúdio ao golpismo e à violência promovida por grupos antidemocráticos e orientados pelo fascismo”, completou o ministro.
Em seguida o ministro amenizou o discurso radical e disse:
“Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informa que mantém contato com o Ministério da Justiça a fim de monitorar a situação das pessoas detidas após as arruaças que se deram em Brasília no último domingo (8). As prisões em flagrante estão sendo lavradas e as pastas irão atuar conjuntamente para que a legalidade sempre seja observada”, afirmou.
Por fim, Silvio Almeida se solidarizou com a população encarcerada no Brasil a fora, em sua maioria por tráfico, roubos e furtos e crimes contra a vida.
“Por oportuno, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania gostaria de expressar sua preocupação com todas as pessoas deste país que se encontram em situação de cárcere – sem exceção – e que em sua grande maioria, são pessoas pobres e desamparadas”, finalizou o ministro, sem se solidarizar com as centenas de crianças e idosos que estão detidos no ginásio da Polícia Federal.
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