Ministro diz que órgãos de segurança não identificaram ameaças terroristas
Raul Jungmann (segundo da esquerda para a direita) disse não haver ameaças terroristas. / Foto: Lucas Magalhães

Até o momento, não foram identificadas pelo Governo Federal e pelos órgãos de inteligência nenhuma potencial ameaça à segurança durante os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Quem garante é o ministro da defesa, Raul Jungmann. O responsável pela pasta esteve presente nesta quarta-feira na abertura de um seminário sobre o emprego do Ministério da Defesa durante a realização da Olimpíada, em agosto.

- Podemos dizer hoje que nem nós (Ministério da Defesa) e nenhum dos serviços de inteligência temos identificada nenhuma ameaça de terrorismo até o momento. Nem a Polícia Federal, nem a inteligência do Brasil, nem com os países com quem trocamos informações.

O ministro lembrou também que haverá um aumento do efetivo das Forças Armadas no decorrer dos Jogos, não só no Rio de Janeiro, como também nas chamadas Cidades do Futebol, que receberão partidas do torneio olímpico da modalidade.

- Nós já estávamos disponibilizando 38 mil homens para a Olimpíada, tanto nas praças onde teremos o futebol, quanto no Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro, seriam 18 mil homens. O Governo do Estado do Rio de Janeiro pediu ao Presidente da República a suplementação do efetivo. Estamos em conjunto definindo isso e teremos uma resposta para dar ao senhor presidente, que tomará uma decisão possivelmente até amanhã (quinta-feira) - detalhou.

Jungmann citou o grupo extremista Estado Islâmico, que tem histórico de atentados terroristas inclusive no exterior do Stade de France, quando França e Alemanha disputavam um amistoso de futebol. As explosões ocorridas no local faziam parte de uma série de atentados que assolou a capital francesa, em novembro do ano passado.

- O Estado Islâmico trafica em qualquer lugar, qualquer evento, qualquer bairro, qualquer nação do mundo. Nós não podemos lidar com o que ele representa porque, evidentemente, o Estado Islâmico é uma ameaça à paz em qualquer lugar do mundo. O que nós podemos fazer é estar preparados para evitar que eles, de fato, cheguem a atuar - disse.