Não é a primeira vez que o ministro da educação causa esse tipo de repercussão ao falar sobre a educação do país.

Milton Ribeiro volta a falar sobre crianças deficientes e diz não querer

O ministro da Educação, Milton Ribeiro voltou a comentar a questão da inclusão de crianças especiais nas escolas em entrevista nesta terça-feira (24). Polêmico sobre o assunto, ele novamente deu declarações e disse que não quer o "inclusivismo" dessas crianças nas escolas.

Também nesta terça, o STF (Supremo Tribunal Federal) recebe representantes de 58 instituições para discutir a Política Nacional de Educação Especial, que entre outras medidas, sugere que crianças deficientes devem estudar em classes ou escolas especiais.

"O que eu falei e até me desculpei quando usei essa palavra 'atrapalhar', eu estava me referindo a 12% das crianças de escolas públicas que têm deficiência e tem um limite, um grau de deficiência mental que impede de ter, não o convívio social, mas o convívio dentro da sala de aula para que elas possam aprender", afirmou.

"O que nós queremos? Nós não queremos o 'inclusivismo', criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu vou continuar a usar", completou.

Ribeiro ainda defendeu a ideia da possibilidade dos pais matricularem seus filhos em uma classe especial. O ministro observou que essas classes podem "ser forradas, inclusive as paredes, porque as vezes as crianças se debatem, uma realidade que muitos pais me encontram na rua e falam que estou certo".

Não é a primeira vez que Milton Ribeiro causa esse tipo de repercussão ao falar sobre a educação do país. Outro ponto colocado em pauta vindo do ministro era referente aos estudantes sobre seus diplomas que ficam em débito com o FIES por falta de emprego.

Ribeiro concluiu que não é discriminatório nem excluente, mas que está preocupado com o aprendizado das outras crianças que estão na sala de aula. "Nem todas as professoras têm a capacitação necessária para cuidar de crianças com esse tipo de deficiência."