Avanço da Covid-19 pode ser o responsável pelo raro fenômeno demográfico.

 Mês de abril começa com mais óbitos que nascimentos em Campo Grande

O mês de abril começou em Campo Grande com uma inversão na lógica de crescimento demográfico. Desde o dia 1º, 197 pessoas morreram na capital do Estado, enquanto os nascimentos, foram 181. As informações são do Portal da Transparência em Registro Civil, que usa como base dados, os registros de nascimento e óbitos feitos nos cartórios.  

Uma das causas deste raro fenômeno demográfico, em que normalmente há mais nascimentos do que mortes, é a Covid-19. Desde início do mês, 197 pessoas morreram de Covid-19 em Campo Grande.  

 

A tendência de virada começou a ser vista no mês de março, quando o total de mortes em Campo Grande, se aproximou do total de nascimentos. No mês passado 1.295 nasceram na Capital, enquanto foram registradas 928 mortes, sendo que 467 delas, de Covid-19.  

Em fevereiro, período com menos dias, a distância foi bem maior: 1.205 nascimentos, e 599 mortes.  

No acumulado do ano, o portal da Transparência em Registro Civil acumula 3.838 nascimentos e 2.446 mortes.  

COLAPSO
Os boletins da Covid-19 deste mês continuam mostrando um cenário de colapso hospitalar, como o do ano passado. Mato Grosso do Sul, por exemplo, tem 1.251 pessoas internadas com Covid-19, 712 delas em leitos clínicos, e outras 539 em unidades de tratamento intensivo (UTIs).  

Somente nesta sexta-feira (9) a Secretaria Estadual de Saúde contabilizou 52 novas mortes em Mato Grosso do Sul, 20 delas em Campo Grande.  

Nos oito primeiros dias do mês, 350 pessoas já morreram de Covid-19 no Estado. A título de comparação, em fevereiro último, 408 pessoas sucumbiram à mesma doença em MS. O mês de março foi o mais letal: 1.060 óbvitos de Covid-19.