Mercado é livre e só postos podem reduzir preço da gasolina, diz sindicato
Frentista abastecendo veículo em posto na Afonso Pena / Foto: Arquivo

Uma semana depois da Petrobras anunciar a redução do preço do diesel e da gasolina na refinaria, o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), que represente os postos da Capital, informa que não necessariamente a diminuição refletirá no preço dos combustíveis nas bombas.

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Esta é a primeira vez que a companhia cobra menos pelo litro dos derivados do petróleo desde 2009. A Petrobras decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2%. Os novos preços entraram em vigor no sábado (15).

No anúncio oficial, a refinaria destacou que se a redução for integralmente repassada ao consumidor final, na bomba dos postos, os dois combustíveis podem cair R$ 0,05 centavos por litro.

O sindicato justifica que os postos dependem dos preços cobrados pelas distribuidoras e que além disso, alta no valor do etanol impede a redução no que é cobrado pela gasolina. “A gasolina comercializada no Brasil possui 27,5% de etanol em sua composição, o que praticamente anulou a redução do preço da gasolina”, argumenta.

“Por sermos a último elo da cadeia produtiva dos referidos produtos (gasolina, diesel e etanol), é importante ressaltar que a oscilação de preços nas bombas, tanto para redução como para aumento, depende única e exclusivamente do preço praticado pelas distribuidoras e pela concorrência de mercado”, completou o Sinpetro por meio de nota.

Em São Paulo (SP), o reflexo nas bombas ainda é esperado, segundo o G1, mas a redução deve ser de centavos.