Operação Sintonia Fina tem mandados sendo cumpridos em Campo Grande

O detento Lyferson Barbosa da Silva, conhecido como “Mago”, que atuava como “chaveiro”, detido na Penitenciária Federal da Capital desde 2024, tinha uma vida luxuosa quando encarcerado na penitenciária de Pernambuco. A operação Sintonia Fina, deflagrada nesta quarta-feira (3), é um desdobramento da Operação La Catedral, em 2024.
São cumpridos mandados em Campo Grande, e em mais 10 cidades de Pernambuco e São Paulo. Quando detido no presídio de Igarassu, em Recife, tanto ‘Mago’ como outros detentos tinham acesso a garotas de programa, comidas por delivery e festas regadas com uísque, cerveja e pagode.
Na penitenciária, ‘Mago’ gerenciava um laboratório de crack. Ele atuava como líder do grupo criminoso. ‘Mago’ foi condenado em 2016 por participação no homicídio do médico Artur Eugênio de Azevedo, pois teria sido contratado para executá-lo
A facção de ‘Mago’ movimentou mais de R$ 328 milhões. Além de detentos, o grupo era composto por detentos e policiais penais, promovia crimes dentro do presídio, como corrupção e tráfico de drogas.
Nesta quarta (3) Foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 31 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados, nas cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Itaquitinga, Paudalho, Tacaimbó, Caruaru, Campo Grande/MS, Itanhaém/SP.
As investigações começaram em 2024, e revelaram que o grupo investigado mantinha intensa atividade criminosa violenta na capital, região metropolitana e interior do Estado de Pernambuco, e também possibilitaram a identificação da estrutura de comando e das conexões da organização criminosa com diversas práticas ilícitas, inclusive, após a prisão do seu principal líder, que atualmente custodiado em um presídio federal.
La Catedral
Na época, a operação ocorreu em várias cidades no estado de Pernambuco. Foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, dois afastamentos de função e o sequestro de bens dos investigados.
Antes da transferência de ‘Mago’ para MS, em 2023, foi descoberto um diálogo no qual Lyferson teria ordenado a um comparsa ataques ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito), escolas e um hospital. Além disso, a ordem era de que veículos fossem incendiados e pessoas inocentes assassinadas.
Os criminosos estariam insatisfeitos com decisões tomadas pela segurança pública estadual. Por isso, houve a ordem dos ataques.
A investigação teve início após a identificação de um detento que comandava diversas atividades ilícitas na unidade, contando com o apoio de servidores do sistema prisional. Durante as apurações, foram constatados atos de corrupção passiva praticados por policiais penais, além de acessos indevidos a sistemas internos para favorecer detentos.
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