Em depoimento, pai disse que ‘não resistiu’ ao abusar da filha

O médico que atendeu a bebê de 1 ano e 9 meses, que morreu após ser estuprada pelo pai de 28 anos, em uma cidade de Mato Grosso do Sul, relatou à polícia que o autor não demonstrou comoção com a morte da filha. A bebê morreu nesta quarta-feira (9).
O médico afirmou aos policiais que comunicou a mãe sobre as lesões na bebê que seriam de abuso sexual, e da confirmação da morte da criança. Conforme o médico, ele estava no corredor do hospital com a mãe da bebê quando o pai chegou. Nisto, ele comunicou a morte da menina ao rapaz que não esboçou nenhuma comoção com a notícia, causando estranheza.
O pai da bebê confessou o crime e relatou que ‘não resistiu’ ao abusar da filha que havia acabado de receber alta de um hospital de Campo Grande para tratamento de traqueostomia.
‘Não resisti’
No depoimento ao qual o Midiamax teve acesso, o rapaz disse na delegacia que na noite do crime estava na casa de sua prima, junto com sua ex-mulher e seus dois filhos, quando foram dormir em um colchão no chão da sala. Ainda segundo o relato, o rapaz manteve relação sexual com sua ex-mulher no colchão onde estava deitada a bebê.
E foi neste momento que o rapaz abusou da filha, sem que a mulher percebesse. No dia seguinte, ele disse que a filha estava bem e que inclusive brincou com o irmão. Ele saiu para trabalhar e quando estava no serviço foi avisado pela assistente social que a bebê estava morrendo no hospital.
Quando chegou ao hospital foi abordado pelos policiais e acabou confessando o crime. Para os policiais, o rapaz disse que já havia sido abusado quando criança pelo primo, e que acabou não resistindo e abusou da sua filha, mas que estava arrependido.
Ele ainda pediu por tratamento médico e psicológico. “Estou muito mal”, disse durante o depoimento.
Tratamento de traqueostomia
Em nota, o hospital que prestou atendimento à bebê informou que a menina havia feito uma traqueostomia devido ao seu histórico de dificuldade respiratória, convulsões e choque. Ela foi internada no dia 28 de junho com infecção devido ao procedimento.
Quando deu entrada na unidade, foi constatado pelos médicos que a bebê estava com larvas, piolhos e pneumonia. Durante o período em que ficou hospitalizada para tratar a infecção, ela permaneceu estável e respirando bem.
Já no último dia 30, conforme o hospital, foi feita uma cirurgia para a remoção das larvas e troca da cânula da traqueostomia devido ao estreitamento na traqueia.
Além disso, durante a internação da bebê foi observada uma situação de vulnerabilidade pela equipe.
Confira a nota na íntegra:
“A paciente foi internada em 28/06/2025 com infecção na traqueostomia, larvas, piolhos e pneumonia. Já usava traqueostomia e tinha histórico de dificuldade respiratória, convulsões e choque.
Durante a internação, ficou estável, respirando bem, comendo normalmente e sem febre após o início do tratamento. No dia 30/06/2025, passou por uma cirurgia para retirar as larvas e trocar a cânula da traqueostomia por causa de um estreitamento na traqueia.”
Estupro
Segundo o registro policial, a PM (Polícia Militar) foi acionada para ir até o hospital da cidade com a informação de que havia uma criança sem vida em decorrência de ato violento e que o suspeito estaria na unidade.
Assim, os policiais foram até o hospital e receberam a informação de que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) encaminhou a bebê e a mãe até a unidade. Além disso, os socorristas tentaram reanimar a bebê, mas ela não resistiu.
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