A nova linha de fomento investe R$ 26 milhões na oferta de cursos de qualificação profissional para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica de todo o País.

MEC amplia oportunidades no Mulheres Mil
O Programa Mulheres Mil busca elevar a escolaridade e promover a inclusão socioprodutiva de mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. / Foto: MEC

Em cerimônia realizada na tarde desta terça-feira, 19 de março, o Ministério da Educação (MEC) lançou, por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), a nova chamada do Programa Mulheres Mil, com 16,3 mil vagas. A nova linha de fomento investe R$ 26 milhões na oferta de cursos de qualificação profissional para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica de todo o País.   

A adesão a essa chamada vai se iniciar na quarta-feira, 20 de março, e tem como público as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os cursos serão ofertados no período de agosto deste ano até o final de 2025. Somam-se às vagas da nova chamada mais 46 mil vagas, que estão disponíveis na Rede Federal e nas redes estaduais, fruto da pactuação de 2023, e podem ser acessadas no Painel de Oportunidades.   

Participaram da solenidade o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Getúlio Ferreira; a diretora de Articulação e Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica, Carla Jardim; a diretora de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica, Patrícia Barcelos; e a diretora de Parcerias Internacionais Colleges and Institutes of Canada, Marie-Josée Fortin.   

O Programa Mulheres Mil busca elevar a escolaridade e promover a inclusão socioprodutiva de mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por meio da oferta de cursos de qualificação profissional. O secretário Getúlio Ferreira, do MEC, elogiou a equipe que atua no programa e reforçou a relevância de a política ser permanente. “O Mulheres Mil tem que continuar vivo. Esse projeto é importante para que as mulheres entendam que há um desenho no MEC que as atende quando falamos de educação”, completou Getúlio.  

Durante o evento, também foi apresentado um balanço da pactuação das vagas em 2023: o investimento do MEC no programa foi de mais de R$ 86 milhões, para oferta de quase 54 mil vagas, em 446 municípios do Brasil. “Ao longo do segundo semestre do ano passado, nós tivemos a execução de aproximadamente 7.500 vagas, o que nos permite anunciar que, para o ano de 2024, das vagas pactuadas com orçamento de 2023, nós ainda temos 46,5 mil oportunidades para as mulheres em todos os estados da Federação”, informou a diretora Carla.  

 Com intuito de orientar as ofertas do programa, o MEC lançou o Guia da Metodologia do Acesso, Permanência e Êxito. O documento foi desenvolvido por um Grupo de Trabalho (GT) composto por profissionais tanto da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica quanto de outras instituições experientes no Mulheres Mil e em ações de inclusão socioprofissional. Segundo a diretora Patrícia Barcelos, foi realizado um processo de escuta para finalização do guia. “Hoje chegamos ao nosso guia atualizado, revisado, metodológico e aberto, que traz todos os detalhes de como trabalhar com as questões de vulnerabilidade social e com as questões que as mulheres brasileiras enfrentam”, concluiu.  

Oferta 2023 – O Programa Mulheres Mil foi instituído por meio da Portaria nº 725/2023. A pactuação de vagas realizada pelas redes de ensino se iniciou no ano passado, com oferta tanto em 2023 como em 2024. Executado em parceria com as redes, o programa conta hoje com a adesão de 49 instituições da Rede Federal (38 Institutos Federais, 10 escolas técnicas vinculadas às universidades e o Colégio Pedro II), além de 34 instituições das redes estaduais, distrital e municipais.  

Mulheres Mil – Criado em 2011 e relançado em 2023, o Programa Mulheres Mil oferta cursos de qualificação profissional, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O Mulheres Mil atende mulheres a partir de 16 anos, prioritariamente em situação de vulnerabilidade social e econômica, em contexto de pobreza e extrema pobreza, com baixo grau ou nenhuma escolarização. A iniciativa tem, como pilares estruturantes, o respeito às diferenças das mulheres e de suas interseccionalidades raciais, étnicas, de orientação sexual e de identidade de gênero, das pessoas com deficiência, geracionais, regionais e de territórios.