Prefeito comentou sobre pedido para abrir caixa preta do contrato dos ônibus em Campo Grande.

Marquinhos diz que não se opõe a CPI contra Consórcio Guaicurus na Câmara

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirmou nesta quarta-feira (4) que não se opõe à instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para abrir a caixa preta do Consórcio Guaicurus. Com aval de 14 dos 29 vereadores, a investigação nunca esteve tão próxima de se tornar realidade na Câmara Municipal.

"Abra tudo que tiver que abrir, que seja feita a verdadeira justiça", declarou o prefeito durante agenda pública nesta manhã.

"Chame o Ministério Público e pode ter certeza a conclusão que tiver, ainda que falem que o consórcio está tendo déficit, vão falar que foi maqueado. Então investigue logo, abre tudo, chama MP, OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], Tribunal de Contas, olha os contratos, olha as punições, de uma vez por todas", completou Marquinho Trad.

O prefeito disse que o então prefeito de São Paulo, Bruno Covas, quando ainda estava vivo, teria dito em um grupo de Whatsapp de prefeitos de capitais que havia feito aporte de R$ 12 milhões para manter o valor da tarifa.

Trad pontuou que a lista de gratuidades é grande, pois além de idosos e estudantes, líderes comunitários, presidentes de associações comunitárias, portadores de câncer, renais crônicos e outros 10 públicos estão na lista de gratuidade.

"Governo federal não dá nenhum auxílio, o governo estadual não dá ajuda. Essas gratuidades estão sendo pagas por quem paga", completou.

CPI do Consórcio Guaicurus
Com aval de 14 dos 29 vereadores de Campo Grande, a CPI do Consórcio Guicurus nunca esteve tão próxima de se tornar realidade na Câmara Municipal - são necessárias pelo menos 10 assinaturas e, na legislatura anterior, apurações como esta esbarravam justamente no apoio dos parlamentares.

Requerimento com o pedido foi entregue pelo vereador Marcos Tabosa (PDT) durante a primeira sessão do 2º semestre, na terça-feira (3).

Agora, o texto é analisado pelo jurídico da Casa de Leis quanto ao cumprimento das exigências, que incluem também o fato determinado, ou seja, a definição do escopo da apuração.

São, pelo menos, três itens que, em tese, formam o fato determinado da investigação. De acordo com o requerimento, o fato central da CPI é: apurar denúncias sobre a má prestação de serviços ao usuário de transporte coletivo, descumprimento de contrato e termo de ajustamento de gestão, bem como o resultado financeiro do Consórcio Guaicurus.