Bolsonaristas provocam, já que suspeito apoiou eleição de Dilma Rousseff.

Marielle Franco: direita do MS celebra
Brazão nega envolvimento no crime. / Foto: Reprodução TV Globo - arquivo

Revelação do nome do suposto mandante da morte da vereadora Marielle Franco, nesta terça-feira (23), repercutiu entre deputados e militantes da direita e esquerda do MS.

O envolvimento do conselheiro do Tribunal de Contas do RJ, Domingos Brazão já era cogitado na execução brutal ocorrida em 2018. No entanto, o nome dele ser citado em uma delação premiada reforça as suspeitas e indicam que a investigação pode estar na fase final. 

Direita MS

Ao saber que Brazão já fez campanha para a então candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), ativistas e parlamentares de direita passaram a rotular o suspeito como ‘’petista’’.

No entanto, o conselheiro do TCE nunca foi do Partido do Trabalhadores e sim do MDB, atuando sempre no ‘’centrão’’ da política. 

O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) tripudiou sobre os adversários. 
''O silêncio da esquerda hoje mostra que eles só usaram a morte dela como palanque político'', comentou o parlamentar. 

João Henrique Catan (PL) comentou no Instagram que o PT ''descobriu'' que são apoiadores do partido que mandaram assassinar a então vereadora. Tudo em tom de deboche.

Após a revelação do suposto mandante do crime, ativistas e políticos de direita passaram a cobrar apuração severa sobre quem mandou esfaquear o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Esquerda 

O presidente do PT no MS, Vladimir Ferreira, foi questionado pelo TopMídiaNews se a militância estaria satisfeita com a revelação mais contundente do suposto mandante do crime. 

'''Acredito que sim. Todos nós esperamos que Justiça seja feita'', disse o dirigente. 

O deputado petista Pedro Kemp também falou de forma resumida sobre o caso. Ele disse que a militância ficou satisfeita com o atual rumo das investigações.  

''Sim. Havia fortes indícios que ele estava envolvido. Resta saber se estava sozinho nessa empreitada assassina'', refletiu o deputado estadual. 

Dagoberto Nogueira (PSDB) observou que já era esperado que a investigação tivesse esse rumo, porém lamenta que as respostas surjam depois de tanto tempo. O deputado citou a entrevista de uma autoridade do governo dizendo que faltou vontade política de resolver a questão na gestão de Jair Bolsonaro. 

''... faltou apurar e fazer o que está sendo feito agora para poder chegar nesse resultado. Infelizmente, quando tem crime político, sempre tem muitos interesses políticos para serem ‘resolvidos e escondidos'', analisou Nogueira. 

A delação premiada é do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter atirado contra Marielle e o motorista dela, Anderson Gomes, em 2018. A delação dele está no Superior Tribunal de Justiça já que o suspeito é conselheiro do TCE-RJ e por isso tem foro privilegiado.

Brazão, segundo o Metrópoles, negou qualquer envolvimento no crime.