Renê Nogueira confessou ter matado Laudemir Fernandes após discussão de trânsito

Marido de delegada confessa ter matado gari; Harvard e USP desmentem currículo do empresário
Renê Nogueira confessou ter matado Laudemir Fernandes após discussão de trânsito / Foto: Renê da Silva Nogueira Júnior ao lado da esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O empresário Renê da Silva Nogueira Junior confessou, em interrogatório realizado nessa segunda-feira (18), ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, após uma discussão no trânsito em Belo Horizonte. Ele também alegou que sua esposa, delegada da Polícia Civil, não sabia que ele pegou a arma particular dela para cometer o crime.

O depoimento ocorreu na sede do DHPP (Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa) e foi divulgado pela Polícia Civil de Minas Gerais. Anteriormente, Renê havia negado ter participado do crime e foi flagrado passeando com seus cachorros horas após o assassinato.

Além disso, o empresário dizia possuir um vasto currículo, com passagens por importantes universidades do Brasil e do mundo. No entanto, entidades como Havard e PUC-Rio desmentiram qualquer tipo de envolvimento com o homem. 

Na universidade americana, Renê dizia em seu perfil no LinkedIn que havia feito o Manage Mentor Course, com foco em desenvolvimentos de lideranças e gestão. Porém, em nota, a instituição afirmou que não possui “registro de nenhum indivíduo com esse nome e data de nascimento que tenha se formado em Harvard”.

Já na PUC-Rio, ele alegava ter feito graduação em Administração e um MBA, mas a universidade também negou qualquer participação do empresário em cursos ou graduação. Ele também afirmava ter concluído mestrado em Agronomia pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), ligada à USP.

No entanto, a faculdade disse que ele realizou apenas um curso de especialização em Bens de Varejo e Consumo na instituição em 2020, mas que ele não era mestrado e também não tinha vínculo à Escola de Agricultura, como afirmava na plataforma.