Ela alega ter sido vítima de alguém que queria prejudicá-la e acabou destruindo a família, especialmente separando as crianças dos pais.

Mãe luta para reaver filhos pequenos levados para o abrigo em Campo Grande

"Não acho justo o que está acontecendo comigo. Fizeram isso para me prejudicar e prejudicaram as crianças", desabafa Kelly Cristina, de 24 anos. A jovem é mãe de quatro crianças e três delas foram levadas para um abrigo após um enrosco envolvendo Promotoria, Conselho Tutelar e denúncias anônimas, segundo ela.

À reportagem do TopMídiaNews, bastante emocionada, Kelly destaca que o único filho que não foi encaminhado para o abrigo é o mais velho, de 6 anos, que atualmente mora com a avó. No entanto, os outros três, de 4, 2 e 1 ano não tiveram a mesma sorte, sendo tirados dela.

Esse episódio teria mexido demais com a família, que ficou sem entender qual teria sido o motivo ou a circunstância que teria levado a polícia a tirá-los de perto da mãe. A jovem revela que a Promotoria da Infância e da Juventude é quem pediu o recolhimento das crianças alegando negligência.

Kelly conta que passou muitos anos sendo assistida pela própria Promotoria, mas que, no último ano, as autoridades acabaram recebendo uma denúncia contra ela. 

Foram reclamações de choro de crianças e maus-tratos. No entanto, ela garante que nunca teve problema com os filhos.

Inclusive, a jovem mãe declara que uma visita ao Conselho Tutelar estava marcada, mas por conta de estar doente, houve remanejamento da data e, por isso, a conselheira não teve conhecimento dessa ação da promotoria. Todo esse episódio envolvendo as partes aconteceram há três semanas e vem se arrastando.

A jovem explica que o defensor público, que está representando sua família, está tomando todas as medidas para reverter essa situação e as crianças poderem voltar para casa.

Mãe solo e pobre
Contra as acusações, ela conta que sempre criou os filhos sozinha e, atualmente casada com um rapaz de 28 anos, que é pai de um dos filhos, ela apenas não possui muita condição financeira. Ainda assim, garante que nunca deixou faltar nada para os pequenos.

"Eu não fui nem ouvida pela promotoria. Eu não sabia o que estava acontecendo", diz Kelly. No dia em que as crianças foram "tomadas", a jovem diz que os policiais foram agressivos ao pegar seus filhos. "Eu fiquei chocada".

Mas, na visão da jovem, a suspeita é que a tia do seu atual marido tenha provocado toda essa situação, que ao invés de prejudicá-la, como diz Kelly, acabou recaindo nas crianças, que hoje não contam com o apoio dos pais e vivem em um abrigo.

"Planejei o aniversário do meu filho de 1 ano, o ano inteiro, e ele passou no abrigo", complementa bastante emocionada.