Mãe do suspeito de golpe em MS diz que ele tem "problemas psicológicos"
Suspeito enviava fotos e ironizava vítimas, segundo a polícia. / Foto: Graziela Rezende/G1 MS

Durante buscas nesta sexta-feira (13), no Jardim Imá, em Campo Grande, a Polícia Civil localizou a mãe do homem de 35 anos, suspeito de aplicar o 'golpe das casas populares', no qual já contabiliza dezenas de vítimas e o prejuízo de cerca de R$ 60 mil. A idosa de 60 anos ressaltou que o filho “possui problemas psicológicos”.

“A mãe do suspeito disse aos policiais que ele possui problemas psicológicos. O depoimento, para nós, é muito contraditório, pois não condiz com o comportamento dele, que conseguiu enganar ao menos 18 vítimas na cidade e arrecadar um montante em dinheiro. E o crime ocorreu não só aqui, mas também em outras cidades e Estado”, afirmou ao G1 a delegada Célia Bezerra, titular da 4ª Delegacia de Polícia.

No decorrer desta semana, os investigadores já sabiam a localização do suspeito. O local não será divulgado, por enquanto, para não atrapalhar nas investigações. De acordo com a delegada, o homem fugiu para a mesma cidade onde correntista recebeu o dinheiro das vítimas. “Ele provavelmente irá se apresentar após o feriado de Carnaval com uma advogada”, explicou Bezerra.

Entenda o caso

Para as vítimas, o homem se apresentava com o nome falso de Renato. Ele criou um grupo no WhatsApp e dizia para as vítimas que as casas à venda seriam sobras de campanha e, caso a pessoa ajudasse nas vendas, teria a sua garantida.

O homem ainda ressaltava que mantinha contato direto com um gerente da Caixa Econômica Federal e era ligado à instituição bancária.

Para dar entrada na papelada e entrar no imóvel, ele pedia R$ 4 mil de entrada e mais R$ 3,5 no momento da entrega das chaves. Além de casas, ele negociava lotes, entrando em contato com as pessoas por meio do telefone celular.

“Assim que a pessoa repassava a entrada, ele marcava encontro em um cartório. Neste momento, ele não aparecia, mas dizia a pessoa para adiantar a documentação. E a vítima ficava lá autenticando documentos e tirando a certidão negativa. Após sete dias, ele sumiu com cerca de R$ 60 mil”, finalizou a delegada.