As agressoras, segundo a polícia, são duas adolescentes de 14 anos e uma criança de 10 anos, que estuda no quarto ano.
Em choque e chorando muito, o caminhoneiro Carlos Roberto Costa de Souza, 40 anos, afirma que as agressoras usaram as mochilas para espancar a filha dele, Gabriela Ximenes Souza, 10 anos, que morreu nesta manhã na Santa Casa em decorrência dos ferimentos. “Elas levaram um pedacinho de mim. Esse pedacinho nunca vai cicatrizar”, diz.
A agressão aconteceu no dia 29, na saída da aula, fora da Escola Lino Villachá, que tem mil alunos. As estudantes, segundo a Polícia Civil, são duas adolescentes de 14 anos e uma criança de 10 anos, que estuda no quarto ano do ensino fundamental, na mesma turma da vítima.
Segundo Carlos, a briga começou no recreio, quando a garota de 10 anos chamou a mãe de Gabriela de prostituta. As duas se desentenderam, a menina puxou o cabelo da vítima e prometeu acertar as contas na hora da saída. A briga foi a cerca de 100 metros das escola localizada na Rua Haroldo Pereira, no Bairro Nova Lima.
O pai, que mora no entorno, foi avisado da confusão e chegou pouco depois que as meninas já haviam deixado o local. No mesmo dia, o caso chegou a ser registrado na polícia. “Estava chovendo. Encontrei minha filha deitadinha no chão. Ela disse que não estava sentindo as perninhas”, relata.
A criança foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa, onde ficou internada, passou por vários exames e foi liberada no dia seguinte. Ela continuou reclamando de muita dor na virilha e retornou ao hospital na tarde de ontem (5). Depois de novos exames, os médicos encontraram coágulo na virilha da paciente, que foi submetida à cirurgia na região do quadril mas sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Segundo o pai, durante as agressões as meninas diziam que queriam deixar Gabriela aleijada. "Isso é muito dolorido para um pai. Não tem nada mais importante que os filhos. Infelizmente ela não ficou aleijada. Foi morar com Deus". Carlos tem 3 filhos. Gabriela era a do meio. O corpo da menina foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e deve ser liberado ainda hoje.
Por envolver adolescentes e crianças, os nomes das agressoras são preservados por imposição do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O caso será investigado pela Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).
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