
Ser aprovado em concurso da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul passa a se tornar mais rigoroso. Foi aprovado nesta terça-feira (8) na Assembleia Legislativa projeto de lei complementar que dentre diversas medidas retirou o direito dos policiais civis de fazerem o curso de formação policial já nomeados como servidores públicos.
Agora, o período do curso de formação - 600 horas - será parte eliminatória e classificatória do concurso público. Quem for aprovado para realizar o treinamento vai receber uma bolsa e não salário como já incorporado à corporação.
Na visão do Sindicato dos Policiais Civis de MS (Sinpol-MS), isso é um retrocesso. "Foi retirado um direito adquirido que desmotivará e prejudicará àqueles que pretendiam dedicar-se a função tão nobre, desafiadora e perigosa de policial civil", declarou o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda.
Durante a discussão do projeto, o deputado Pedro Kemp lembrou que a votação foi adiada, pois representantes da administração estadual ainda debateriam o tema com o sindicato, porém a entidade não foi recebida. "Temos muitas promessas, mas ações concretas são poucas. Esperamos que o governador honre sua palavra e cumpra seus compromissos com a categoria", destacou Giancarlo.
O deputado Rinaldo Modesto, líder do governo na Casa de Leis, afiançou que o governo do estado vai cumprir o compromisso firmado e lembrou que ainda estão dentro do prazo, embora não haja nada no ‘papel’. Modesto declarou que a Agepen assumirá a custódia de presos nas cidades de Caarapó, Ivinhema e Chapadão do Sul até dezembro de 2016, seguirá paulatinamente até dezembro de 2018 completando mais 18 unidades. Também declarou que até o final deste ano, cinco cidades serão declaradas como de difícil acesso o que permitirá o pagamento de um adicional para os policiais civis lotados nestas unidades.
A votação do projeto teve 14 votos favoráveis e seis contrários dos deputados: Amarildo Cruz, João Grandão, Pedro Kemp, George Takimoto, Graziele Machado e Cabo Almi.
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