Em recuperação judicial, empresa recebeu aporte do fundo Oaktree Capital Management.

Latam Airlines recebe financiamento de US$ 1,3 bilhão
Latam enfrenta crise econômica e consegue empréstimo. / Foto: Divulgação

A Latam Airlines anunciou que conseguiu um financiamento de US$ 1,3 bilhão, o que representa cerca de R$ 7 bilhões. O aporte foi feito por meio do fundo de investimentos global Oaktree Capital Management. Desde o dia 26 de maio a empresa está em recuperação judicial nos Estados Unidos e incluiu a Latam Brasil neste processo.

A empresa também já havia recebido quase R$ 5 bilhões com acionistas Qatar Airways e famílias Cueto e Amaro. Todos os empréstimos são no modelo debtor-in-possession (DIP sigla em inglês), o que permite aos credores a prioridade para quitar dívidas no processo de recuperação judicial. Falta agora a aprovação disso pelo Tribunal de Nova York, a resposta deve ser dada nos próximos dias.

Como a Latam Brasil também foi incluída no processo, isso garante para a filial acesso a esses recursos dos empréstimos. No Brasil, as dívidas da empresa chegam a quase R$ 7 bilhões, entre arrendamento de aviões e motores, e dívidas com bancos.

“Tomamos esta decisão neste momento para que a empresa possa ter acesso a novas fontes de financiamento. Estamos seguros de que estamos nos movendo de forma responsável e adequada, pois temos o desafio de transformar a empresa para que ela se adapte à nova realidade pós-pandemia e garanta a sua sustentabilidade no longo prazo”, disse em comunicado o presidente da empresa no país, Jerome Cadier. 

Em outro processo, a Latam e a Delta Airlines tentam um pedido de imunidade antitruste para sua Joint Venture, que deve ser apresentado esta semana ao Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT). A permissão fará com que as empresas façam, conjuntamente, os serviços e tarifas de viagens entre países da América do Sul, Estados Unidos e o Canadá.

“A Joint Venture criará um concorrente mais eficaz para a American Airlines, United Airlines e seus parceiros aéreos da América Latina, gerando benefícios competitivos na forma de serviço novo e aprimorado, conexões mais convenientes e ofertas de produtos superiores que fluirão diretamente para os consumidores”, alegou as empresas.

A parceria fará com que a Delta transforme o Aeroporto Internacional de Miami em um centro de operações entre Estados Unidos e América do Sul. “A proposta da Delta é acrescentar mais de 20 voos domésticos a partir de Miami, incluindo os principais destinos de viagens corporativas, à medida que a demanda se recupere do impacto do Covid-19”.