Marte é um plana árido e deserto, além de bastante frio, contudo, estudos apontam que já existiu água líquida no planeta há 3 milhões de anos.

Lago de água líquida é descoberto em Marte pela primeira vez
Planeta Vermelho / Foto: Divulgação

Um lago de água líquida permanente, com extensão de aproximadamente 20 km, foi encontrado em Marte. No estudo publicado na revista Science nesta quarta-feira (25), cientistas afirmam ter encontrado um lago subterrâneo com maior representatividade de água já visto no planeta. A água estava debaixo de uma camada maciça de gelo.

Marte é um plana árido e deserto, além de bastante frio, contudo, estudos apontam que já existiu água líquida no planeta há 3 milhões de anos. A recente descoberta foi inédita, primeira vez que água em estado líquido é encontrada no planeta, aumentando a expectativa dos estudiosos sobre a possível habitação do Planeta Vermelho.

Embora tenha sido publicada em revista renomada no meio científico, o estudo ainda não convenceu toda a classe. Muitos acreditam que a pesquisa será contestada no futuro.

Para a pesquisa, foi utilizado o Mars Advanced Radas for Subsurface e o Ionosphere Sounding (MARSIS), instrumento instalado na espaçonave da Agência Espacial Europeia (ESA). Agora, estudiosos pretendem utilizar o mesmo método para gerar imagens 3D do local e abrir a possibilidade de detectar situações semelhantes nas calotas polares.

Descobertas anteriores

Astrônomos já demonstraram esperança em habitar o planeta quando, em 2007, descobrirem pequenas gotículas de água que circularam em torno de Phoenix, um robô utilizado para sondar as características de um astro.

Nos anos de 2012 e 2015 foi investigado por meio de ondas de rádio a interação e existência de gelo pelo planeta. Durante esse tempo, foram descobertas variações significativas de sinais, que apresentavam a possibilidade de existirem lagos debaixo das camadas de gelo, da mesma forma como acontecia na Groelândia e na Antártica.

Já em novembro de 2017, outro estudo foi publicado sobre o possível aparecimento de manchas na superfície do planeta. Entretanto, ficou comprovado que se tratavam somente de fluxos de areia.

Especialistas disseram terem se frustrado com o pouco resultado obtido através de radares como o Shallow.