Em 15 dias, o mesmo homem foi preso em flagrante pela Guarda.

Ladrão é preso duas vezes por furtos no Hospital das Moreninhas
Prédio está abandonado e tem sido alvo de furtos. / Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

Em 15 dias, a Guarda Municipal de Campo Grande prendeu duas vezes o mesmo homem por furtar materiais e aparelhos no prédio abandonado do Hospital da Mulher e Maternidade, no Bairro Moreninha III, e também onde funcionava o Centro Regional de Saúde (CRS). Ambos ficam no mesmo complexo ao lado da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que foi inaugurada em 2016, quando o CRS foi desativado.

Desta vez , Eber Luiz Gimenez, 31 anos, estava com 8,3 quilos de fios de cobre. Ele utilizou apenas um alicate e duas chaves de fenda para retirar a fiação do prédio, que tem fácil acesso e nenhuma segurança. No dia 29 de abril, Gimenez foi detido quando estava no telhado da unidade e tentava furtar um aparelho de ar condicionado. Já na noite de ontem (13), ele foi preso quando saia do prédio.

A Guarda Municipal informou que uma equipe esteve no local por conta de outro furto, que foi cometido na noite de domingo (12). Aparentemente, o crime também foi praticado por Gimenez, que teria deixado alguns itens separados com o intuito de voltar ao prédio para terminar a ação no dia seguinte, mas desta vez ele foi pego.

A unidade hospitalar foi desativada em 2017 após ser interditada pela Vigilância Sanitária do Estado. Em fevereiro do ano passado a prefeitura anunciou a reforma do prédio do local, que foi paralisada no início do ano. A intenção era instalar ali uma Casa de Parto e Pequenas Cirurgias, porém agora a Sesau diz que tem intenção de criar um Centro de Especialidades Médicas, ainda sem data para começar a funcionar.

Enquanto isso os moradores da região reclamam do abandono dos dois prédios, que estão sem segurança adequada. O acesso aos locais é livre e ainda há tentativas constantes de arrombamento, além de furtos e invasão de moradores de rua e usuários de drogas. “Todo dia tem gente entrando e levando as coisas. Lâmpadas, equipamentos, torneiras, tudo”, disse uma funcionária da UBSF, que funciona ao lado dos prédios abandonados.

O Correio do Estado esteve nos prédios e constatou o total abandono. As salas estão tomadas por sujeira, muitos materiais de construção foram furtados, além de equipamentos e o acesso é totalmente liberado para qualquer pessoa.