"Decisão sábia", disse Marcos Trad.

Justiça não aceita pedido de barrar obra no parque e prefeito comemora
Essa não é a primeira vez que o lago fica cheio de areia. / Foto: Arquivo/Correio do Estado

O processo em que a Associação Amigos do Parque das Nações Indígenas pedia suspensão das obras de desassoreamento do lago foi extinguido pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. O grupo pedia a suspensão da obra alertando que o descarte da areia retirada do lago estava sendo feito de maneira irregular em área próxima da nascente do córrego Joaquim Português, no Parque dos Poderes. 

Em agenda na manhã de hoje, onde inaugurou uma EMEI no bairro Vespesiano Martins, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), comentou a decisão, que classificou como sábia. “O projeto está bem feito, o planejamento foi executado e a extinção foi uma decisão sábia do Poder Judiciário”, afirmou. 

O prefeito ainda salientou que o problema de assoreamento do lago do parque não é recente e acontece em consequência da falta de planejamento urbano da cidade. Segundo Trad, o projeto atual pretende ser solução de longo prazo. “Eu e o governador Reinaldo (Azambuja) apresentamos um projeto que quando chove lá em cima não cai mais terra aqui embaixo, porque se a gente só tirasse areia do lago daqui a trinta anos ia acontecer a mesma coisa”, explicou o prefeito.

O lago representa o encontro dos córregos Reveilleau, Joaquim Português e Desbarrancado. O assoreamento é resultado do sedimento e areia que descem pelo Reveilleau e pelo Joaquim Português. Conforme reportagem publicada pelo Correio do Estado, em dezembro do ano passado, o lago foi desassoreado há alguns anos, mas o trabalho acabou prejudicado pelas constantes intervenções urbanas.

Em 2011, local passou por uma revitalização completa, que precisou ser repetida em 2014. Nas duas ocasiões, a retirada da areia na barragem ao lado do lago principal foi feita com a ajuda de caminhões basculantes, uma retroescavadeira e uma draga – máquina para retirar areia e lodo do fundo dos rios.  

As ações do último projeto, que custou cerca de R$ 1,5 milhão, incluíam desassoreamento do lago de contenção, drenagem, reforma do gradeamento, quiosques, banheiros, quadras, rede elétrica e iluminação do parque.