Juiz havia determinado a transferência para o RJ, mas decisão anterior estipula prazo de um ano.

Justiça do RJ muda decisão e Ronnie Lessa seguirá preso em MS
Ronnie Lessa quando foi preso, ainda no Rio de Janeiro. / Foto: TV Globo

A Justiça voltou na decisão de mandar Ronnie Lessa, executor da vereadora Marielle Franco, e que está preso no Presídio Federal de Campo Grande, para o Rio de Janeiro. A nova determinação é de que assassino fique por um ano na capital sul-mato-grossense.

O ex-policial militar está preso em Campo Grande desde 2020. O acordo de delação premiada previa que Lessa retornasse ao Rio de Janeiro com as prisões dos mandantes do assassinato da vereadora.

A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul tinha determinado nesta terça-feira (2), que Lessa fosse retirado da penitenciária federal do estado e voltasse ao Rio de Janeiro em até 30 dias. O prazo de permanência na unidade de Campo Grande terminou em 21 de março, segundo documento obtido pela TV Globo.

O Tribunal de Justiça do Rio, no entanto, apontou que havia uma decisão de 19 de março determinando a prorrogação da permanência de Ronnie Lessa em Mato Grosso do Sul por mais um ano. O Tribunal diz ainda que a comunicação à Justiça Federal do MS foi feita por e-mail no mesmo dia e, por ofício, em 20 de março.

Seu acordo de delação resultou nas prisões dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes da execução, e também do delegado Rivaldo Barbosa, que seria o mentor do crime ocorrido em março de 2018. Todos foram presos no dia 24 de março em operação da Polícia Federal. Três dias depois, Chiquinho foi transferido para o Presídio Federal de Campo Grande.

Em Mato Grosso do Sul, a decisão pela permanência de Lessa foi tomada pelo juiz federal da 5ª vara Luis Augusto Iamassaki Fiorentino.