O advogado do suspeito, João Ricardo Batista, disse que Bruno da Rocha já cumpria pena no regime semiaberto.

Justiça converte prisão de homem que confessou ter matado major do Exército em Bonito
Major da reserva Paulo Settervall / Foto: Facebook / Reprodução

Em audiência de custódia realizada na noite dessa quarta-feira (17) em Bonito, a 298 km de Campo Grande, a Justiça converteu a prisão de Bruno da Rocha, de 31 anos, de flagrante em preventiva.

Bruno confessou à polícia que matou a facadas o major da reserva do Exército e professor aposentado, Paulo Settervall, de 57 anos, no domingo (14). O advogado do suspeito, João Ricardo Batista, disse que Bruno já cumpria pena no regime semiaberto.

Vídeo de câmera de segurança mostra o momento exato em que o major é assassinado em frente a um hotel da cidade turística.

O militar foi sepultado na terça-feira (16) em Campo Grande. Ele estava em Bonito acompanhado da esposa Elaine Maria do Carmo Setervall, de 45 anos, que disse estar "anestesiada e ainda muito emocionada", tentando entender o motivo da perda do companheiro.

"Lá em Bonito, tivemos um dia maravilhoso, nós brincamos, passeamos e saímos para jantar e depois aconteceu tudo daquela forma horrível", relembrou a esposa ao G1.

O Exército divulgou nota lamentando o assassinato do major da reserva. O documento, também assinado pelo Colégio Militar de Campo Grande, diz que o major trabalhou ativamente no local entre 1997 a 2010, atuando na função de professor.

Entenda o caso
 
O major e a esposa passavam férias com a família em Bonito. Ele foi esfaqueado na porta do hotel, localizado na rua Luiz da Costa Leite. Testemunhas repassaram o nome do possível suspeito e os investigadores iniciaram a procura. Uma das buscas ocorreu na casa do suspeito, quando a polícia encontrou uma fogueira ainda acesa, com as roupas que teriam sido utilizadas no crime.

Os familiares do suspeito disseram que ele estava muito nervoso e pediu ajuda de conhecidos para fugir. A polícia então concentrou os esforços em todas as saídas da cidade, quando ele foi encontrado em uma casa abandonada, após 30 horas de trabalho ininterrupto.

O criminoso possui antecedentes pelos crimes de ameaça, desacato e tráfico de drogas, sendo preso em 2010 pelo último crime. O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil.