Fúlvio Ramires da Silva foi preso pelo Gaeco em 2017 durante segunda fase da Operação Chip.

Justiça absolve ex-diretor de penitenciária investigado por corrupção
Fachada do Instituto Penal de Campo Grande, onde Fúlvio era diretor quando foi preso. / Foto: Arquivo

Preso em junho de 2017 durante a segunda fase da Operação Chip, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o ex-diretor do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) Fúlvio Ramires da Silva foi absolvido pela Justiça no último dia 18.

De acordo com o advogado José Roberto da Rosa, o ex-diretor foi absolvido dos crimes de peculato, concussão, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Já os outros três réus, presos na mesma operação, foram condenados.

“A defesa conseguiu destrinchar de forma didática e lúcida as acusações feitas com ilações, conjecturas, fantasias sem qualquer lastro em provas técnicas, ou seja, uma verdadeira prosopopeia jurídica, conseguindo inocentar o acusado”, declarou José Roberto.

Ainda conforme o advogado, Fúlvio foi denunciado por dois presos, que seriam familiares de uma vereadora. Eles foram retirados da cantina da unidade penal por estarem “causando problemas” e foram transferidos para outra cidade. Lá eles teriam acionado o Gaeco para uma delação premiada contra o então diretor do presídio.

José Roberto explicou ainda que o dinheiro encontrado na sala de Fúlvio seria da arrecadação semanal da cantina, e o valor seria repassado para o fundo penitenciário para ser usado em situação de emergência.

Na última quarta-feira, quase seis anos depois, Fúlvio acabou sendo inocentado e a sentença é assinada pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Campo Grande.