Para Vander, o resultado do julgamento não deve interferir no pleito de 2026 em razão da inelegibilidade de Bolsonaro

‘Julgamento imparcial, que Lula não teve’, dispara Vander sobre Bolsonaro entre os réus
Para Vander, o resultado do julgamento não deve interferir no pleito de 2026 em razão da inelegibilidade de Bolsonaro / Foto: Vander Loubet comenta julgamento de ex-presidente Bolsonaro. (Madu Livramento, Jornal Midiamax)

O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) comparou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro no banco dos réus, cujo julgamento está marcado para iniciar na terça-feira, 02/09, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em abril de 2018 foi preso sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

Para Loubet, Bolsonaro “está tendo direito a um julgamento imparcial e baseado em provas, coisa que o Lula não teve, pois o ex-juiz Sérgio Moro estava em conluio com setores do MPF, manipulando e direcionando todo o processo”.

 

O parlamentar atribui a prisão do presidente petista em 2018 às incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, que determinou as condenações contra o mandatário. Em 2021 o STF anulou todas as condenações de Lula e em 2022, o petista derrotou Bolsonaro nas urnas retornando no ano seguinte ao Planalto.

Para Vander, o resultado do julgamento não deve interferir no pleito de 2026 em razão da inelegibilidade de Bolsonaro. Em junho de 2023 o Tribunal Superior Eleitoral reconheceu a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros, o que impede Bolsonaro de disputar eleições até 2031.

Bolsonaro entre os réus
Jair Bolsonaro, 38° presidente da República do Brasil, enfrentará o julgamento da 1ª Turma do STF a partir desta terça-feira, 02/09.

Ele e outros sete acusados nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 são julgados por pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Confira aqui todos os detalhes do rito do julgamento de Bolsonaro
Somente o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal, conseguiu benefício de suspensão de parte das acusações, respondendo assim a três dos cinco crimes. A regra é garantida na Constituição.

Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Além de Bolsonaro e Ramagem, integram o banco dos réus:

Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O julgamento pode levar para a prisão o ex-presidente da República e generais do Exército pela acusação de golpe de Estado. A medida é inédita desde a redemocratização do país.

A 1ª Turma é composta por Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Foram reservadas cinco sessões para o julgamento, que ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.