Claudinho Serra, assessor e empreiteiro estão presos desde o início de junho

Após aceitar denúncia do Ministério Público e tornar Claudinho Serra, pai, esposa e outras 11 pessoas rés por corrupção em Sidrolândia, o juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva iniciou a próxima fase do processo referente à 4ª fase da Operação Tromper.
As investigações apuram esquema de desvio de milhões em contratos em Sidrolândia e aponta Claudinho Serra (PSDB) como o chefe da organização criminosa. Assim, desde o dia 5 de junho, Claudinho, o assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia (GC OBras) estão presos.
Conforme publicado no Diário da Justiça desta quarta-feira (23), o magistrado abriu prazo de dez dias a partir desta quarta para os advogados dos réus apresentarem defesa.
Então, determinou o próximo passo: “Após a citação de todos os réus e a apresentação das respectivas respostas à acusação, retornem os autos conclusos na fila de urgentes para designação de audiência de instrução e julgamento”, proferiu o juiz de Sidrolândia.
Ao aceitar a denúncia, o magistrado pontua que “a investigação revelou a existência de um esquema criminoso estrutural e organizado, composto por núcleos distintos, que atuavam de forma independente, com divisão clara e coordenada de tarefas”.
Logo, tornaram-se réus por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro, as seguintes pessoas:
Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema
Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho
Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho
Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho
Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name
Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras
Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho
Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago
Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar
Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau
Edmilson Rosa – Empresário
Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário
Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton
Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton
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4ª fase da Operação Tromper
Claudinho Serra ao lado da esposa, Mariana, e seu pai, Claudio Serra (Reprodução)
O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.
Assim, essa nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.
Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.
Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Nessa nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.
As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
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