O pedido se estendia ao marido dela também, Jaison Coutinho, porém para ele o pedido foi indeferido sob a justificativa de suspeita de descumprimento de medida cautelar.

Juiz autoriza viagem de investigada, mas barra marido por suposto descumprimento de medida

O juiz Alessandro Leite Pereira, da 1ª Vara Criminal de Dourados, autorizou uma viagem de 21 dias à Castanheira (MT) a pedido de Franciele Vasum, acusada de compor suposta organização criminosa que fraudava licitações na Câmara de Dourados em troca de propina a vereadores. O esquema acabou desencadeando investigações que resultaram na Operação Cifra Negra, desencadeada no dia 5 de dezembro. 

O pedido se estendia ao marido dela também, Jaison Coutinho, porém para ele o pedido foi indeferido sob a justificativa de suspeita de descumprimento de medida cautelar.

“O pleito formulado por Franciele Aparecida Vasum merece guarida. Assim, autorizo a acusada ausentar-se da Comarca para deslocar-se até Castanheira/MT entre os dias 02.03.2019 a 23.03.2019, data em que deverá comparecer pessoalmente em cartório para comprovar o retorno na data ora estabelecida”, afirma trecho da determinação.

O casal é réu junto a outros empresários, acusados de integrar um esquema criminoso que garantia a monopolização dos serviços de TI (tecnologia da informação) para o Grupo Quality na Casa de Leis douradense.

Para funcionamento das ações ilícitas, as empresas garantiam pagamento de propina aos vereadores Cirilo Ramão (MDB), Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM) e ao ex-vereador Dirceu Longhi (PT). Além deles os ex-servidores Amilton Salinas e Alexsandro Oliveira de Souza também são acusados de integrar o grupo.