Jovem americano é expulso do colégio após de assumir gay
Austin foi expulso do colégio há duas semanas, no Texas, Estados Unidos. / Foto: Reprodução/ Facebook

O jovem americano Austin Wallis, de 17 anos, contou em seu canal no Youtube que foi expulso do colégio após ter se assumido gay. O rapaz do Texas estudava no Luteran High North, em Houston, uma escola católica. Austin tem um canal no Youtube com mais de 16 mil seguidores no qual publica vídeos sobre os direitos gays e detalhes sobre a sua vida e namoro.

No vídeo publicado há alguns dias, o adolescente fala sobre o dia em que o diretor do colégio chamou seus pais e disse que ele só poderia continuar estudando lá se voltasse para o armário e deletasse todos os seus perfis em redes sociais. O vídeo já tem mais de 270 mil visualizações.

"É um assunto difícil e muito delicado para mim, foi muito difícil. Começou há cerca de duas semanas. O diretor me chamou e disse que descobriu que eu era abertamente gay. (...) Basicamente ele disse que eu deveria voltar para dentro do armário, deletar todas as minhas redes sociais, incluindo o canal no Youtube, acabar com o meu impacto digital no mundo para continuar no colégio e que eu não poderia estar envolvido em nenhum outro vídeo ou algo do tipo", disse o rapaz, entre lágrimas, apoiado pelo namorado, Nicolay Sysyn.

Austin e o namorado, Nicolay, postam dezenas de vídeos no canal do Youtube, que tem mais de 16 mil seguidores Austin e o namorado, Nicolay, postam dezenas de vídeos no canal do Youtube, que tem mais de 16 mil seguidores Foto: Reprodução/ Instagram

"Isso seria muito difícil porque este canal é muito importante para mim, adoro ver a reação de vocês e ver que consigo ajudar algumas pessoas, ver que eu tenho um valor. Ser gay é muito difícil, você sente que deve se esconder de todo mundo e eu não quero que as pessoas se sintam assim", completou.

Austin conta que decidiu deixar o colégio dois dias depois desta reunião e fez questão de frisar que sumir das redes sociais não foi o motivo da saída. "Não saí por causa das redes sociais. Saí porque não conseguiria ficar em um colégio que acredita que sou errado. Não conseguiria ficar em um lugar onde sou forçado a ser algo que não sou ou sentir que não sou bem-vindo", explicou o jovem, que diz ter se espantado com a atitude do diretor, especialmente porque ele era um bom aluno.

“Quando eu saí do armário, eu sabia que haveria bullies… Mas eu nunca esperei que essa atitude viesse daqueles que deveriam me proteger dos bullies“, disse o garoto.

Em um comunicado oficial, o colégio disse que "se reserva o direito de rejeitar a admissão de um aluno ou descontinuar a matrícula de um estudante se ele participar, promover ou dar suporte a: pornografia, imoralidade sexual, atividade homossexual ou bissexual ou mostrar inabilidade ou resistência para promover as qualidades e caraterísticas exigidas por um estilo de vida cristão baseado na Bíblia".

Apesar da justificativa do colégio, Austin, que é religioso, acredita que este tipo de atitude não seria algo que Deus aprovaria. “Eu sou cristão e eu amo meu Deus, e eu não acredito que seja isso que Ele gostaria. Eu não sinto que excluir alguém pelo que ele é seja algo cristão“, comentou.