Líder do movimento “Energia cara, não” ocupou a tribuna da Assembleia para denunciar o problema e pedir apoio parlamentar

Já são mais de 30 mil consumidores  lesados pelo abuso de tarifa da Energisa

Já ultrapassou a 30 mil o número de consumidores de energia elétrica de Mato Grosso do Sul, indignados com o abuso das tarifas pela Energisa, que integram o abaixo assinado promovido pelo movimento “Energia cara, não”, encabeçada pelo empresário Venício Leite. Ocupando a tribuna da Assembleia Legislativa hoje pela manhã, o líder do movimento levou números e pediu o emprenho dos parlamentares da Casa para impedir que milhares de famílias da Capital e de todo interior do Estado, sejam lesados pela Energisa.

“Diariamente nos chegam denúncias de todos os cantos do Estado. São milhares de famílias que imploram por ajuda porque estão sendo extorquidas com essas contas absurdas que subiram de um mês para o outro em mais de 100, 200, 500% e em muitos casos, até mais”, afirmou Venício Leite.

O líder do movimento ocupou a tribuna da Assembleia a pedido do deputado Felipe Orro (PSDB), que também está empenhado na luta em favor dos consumidores.

Da tribuna da Assembleia, Venício Leite afirmou que “De janeiro a dezembro de 2018, houve reajuste de 49% na tarifa de luz. O valor autorizado pela Aneel era pouco mais de 10%. Não há explicação para tudo isso  de aumento. Queremos também que os novos medidores de luz sejam aferidos, pois está havendo diferença na leitura, se compararmos aos relógios antigos”, alegou. Leite ainda ressaltou que haverá pedido de verificação da parte tributária cobrada nas contas de energia.

O idealizador do movimento disse ainda que “a Energisa lavou as mãos na Câmara Municipal de Campo Grande (no final de janeiro) ao dizer que não poderia fazer nada, porque estaria correta. Disse que o assunto seria só com a Aneel”, afirmou ao explicar que cerca de 70 municípios de MS já aderiram ao abaixo-assinado. Leite solicitou o apoio dos deputados. “Quem somos nós diante do tamanho da Energisa? A política é ferramenta para a mudança social”, disse.

As assinaturas continuam sendo coletadas em pontos estratégicos de Campo Grande e também no interior do Estado e podem ser feitas também online pela página do facebook: @energiacaranao.

O abaixo assinado, relativo a todas as sucursais da Energisa (de Campo Grande e demais municípios de MS), solicita à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que é responsável pela fiscalização das ações da empresa de energia,  auditoria e suspensão das cobranças, bem como a garantia da manutenção do fornecimento de energia elétrica enquanto não houver resolução das cobranças e tarifas aplicadas junto aos consumidores de Mato Grosso do Sul.

Toda a documentação sobre o assunto, inclusive os abaixo assinados, segundo Vinício Leite, será levada pessoalmente por ele, com o respaldo de parlamentares da bancada do Estado, ao presidente da ANEEL, André Pepitone da Nobrega, provavelmente no final de fevereiro.