Além da perda das vacinas, denúncia aponta a ausência de estrutura hidráulica no consultório odontológico
A Prefeitura de Jateí está na mira do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) após denúncia que acusa a administração municipal de fazer ‘gato de energia’ para inaugurar Unidade Básica de Saúde (UBS) antes das condições adequadas para abertura. O caso teria ocorrido no ano passado.
A 1ª Promotoria de Justiça de Fátima do Sul instaurou, então, inquérito civil para investigar a perda de aproximadamente 80 doses de vacinas na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jateí que teria sido causada em razão de corte do serviço.
A investigação foi formalizada por meio da Portaria N.º 0003/2025/01PJ/FSU, após o recebimento de uma denúncia detalhando uma série de irregularidades.
Segundo o documento que motivou a abertura do inquérito, a UBS foi inaugurada antes da conclusão de sua estrutura, estando sem energia elétrica no dia do evento.
A denúncia relata que, para viabilizar o funcionamento da unidade durante a inauguração, há indícios da realização de uma ligação elétrica clandestina, popularmente conhecida como “gato”.
Posteriormente, a energia na UBS foi cortada, o que comprometeu o armazenamento dos imunizantes e levou à perda das vacinas, configurando prejuízo à saúde pública e ao erário.
Além da perda das vacinas, a denúncia aponta outras falhas na unidade, como a ausência de estrutura hidráulica no consultório odontológico, o que impedia o seu funcionamento adequado.
O documento também menciona a falta de transparência por parte da gestão pública, informando que a ata de uma reunião do Conselho Municipal de Saúde, que tratou do episódio, não foi disponibilizada ao público.
O inquérito civil tem como objeto específico “apurar a responsabilidade pelo perecimento das doses de vacinas na Unidade de Saúde de Jateí (Unidade Sede), em razão da falta de energia”.
No momento, o procedimento foi instaurado com o requerido “a apurar”, indicando que as investigações se concentrarão em identificar os agentes públicos ou privados responsáveis pelas falhas que resultaram no dano.
O que diz a prefeitura?
A reportagem tentou contato com a prefeita Cileide Cabral, do PSDB, por ligações telefônicas. No entanto, as chamadas não foram atendidas. Foi registrado ainda pedido de manifestação por mensagem, e em caso de retorno, esta poderá ser incluída na matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
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