O Censo compara dados de 2010 e 2022, onde é possível visualizar essa decisão feminina de adiar a maternidade

Idade aumenta e mulheres de MS optam por ser mães entre 26 e 31 anos
O Censo compara dados de 2010 e 2022, onde é possível visualizar essa decisão feminina de adiar a maternidade / Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Mulheres brasileiras estão adiando cada vez mais a maternidade e tendo menos filhos. A realidade do país também é a de Mato Grosso do Sul e está muito ligada ao nível de instrução das mulheres. Na prática, as mulheres do Estado estão optando por ter filhos entre os 26 e 31 anos.

Os dados sobre taxa de natalidade são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostram a realidade já presente na sociedade. O Censo compara dados de 2010 e 2022, onde é possível visualizar essa decisão feminina de adiar a maternidade.

Por exemplo, em 2010, a idade média de fecundidade para mulheres sem instrução ou fundamental incompleto, era de 24,7 anos. As que tinham nível superior deixavam para ter filhos aos 30,5 anos, em média.

Passados 12 anos, a média de idade para se ter filhos subiu entre todos os níveis de instrução. Mulheres sem instrução têm filhos aos 26,4 anos, em média. Já as que têm nível superior adiam a maternidade para os 31 anos.

Poucos ou nenhum filho
O número de filhos também mudou ao longo da década, de acordo com o Censo. Assim como na média nacional, em 2010, em média as mulheres tinham três filhos. Já em 2022, esse número caiu para 2,3 filhos, em média.

A quantidade de mulheres que decidiu não ter filhos cresceu. Em 2010, a média era de 7,6% das mulheres entre 50 e 59 anos. Em 2012, a média saltou para 12,9% das mulheres nessa faixa etária.

Na prática, o Censo revela aspectos importantes e nítidos da sociedade. A permanência das mulheres no mercado de trabalho, a busca por qualificação e melhores cargos, têm impactado diretamente na taxa de fecundidade de Mato Grosso do Sul.

Com mais acesso à informação e instruções, cai a quantidade de crianças e adolescentes que engravidam. Dessa forma, a sociedade caminha para maternidade cada vez mais consciente.