Eles foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, segundo explicou a delegada.

Homens acusados de matar mulher a pedradas no Zé Pereira responderão em liberdade
Jovens se apresentaram na tarde de ontem à Polícia Civil. / Foto: André de Abreu

Os dois rapazes, de 20 e 21 anos, acusados de terem assassinado a pedradas a Edvani Cardoso dos Santos, 44 anos, na última terça-feira (18) foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil.

A vítima morreu na rua Lico Barcelos, no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. Ela teria sido atingida por uma pedrada na cabeça.

No entanto, apesar deles terem passado por depoimento e serem apontados como principais autores, ambos devem responder em liberdade, por não terem motivos suficientes para a Polícia Civil colocá-los atrás das grades.

Para isso, a delegada da 7° Delegacia de Polícia Civil, Franciele Candotti, explicou que um dos acusados é réu primário, possui emprego fixo e a colaboração deles na investigação ajudaram a evitar o pedido.

"Não tem motivos para representar pela prisão deles", afirmou a delegada.

No depoimento, um dos jovens, Ederson Henrique, disse estar consumindo bebida alcoólica em uma conveniência na região durante a madrugada e teria cruzado com a vítima, que passou a provocá-lo.

Segundo o rapaz, Edvani teria feito provocações contra a sua mãe, além de 'perturbar' outras pessoas do bairro. A mulher, inclusive, já era conhecida por ser usuária de drogas.

Ederson afirmou após as provocações, a vítima teria pegado um objeto cortante e partido para cima dele, mas que em sua defesa, teria empurrado a mulher e depois atirado a pedra que, segundo ele, teria pegado no tórax.

Porém, a delegada afirmou que ainda depende dos laudos e exames necroscópicos, mas que tudo indica que a mulher tinha lesões no rosto e na parte de trás da cabeça.

Tanto o rapaz, quanto seu comparsa, souberam da morte da mulher no dia seguinte, no final da manhã.

A delegada Franciele explicou que não poderia ser considerado um feminicídio por não ter elementos que fizessem tal denúncia, por isso caracterizou o crime como homicídio qualificados.

Caso sejam condenados, a sentença pode deixar os jovens até 12 anos atrás das grades.