Na rua, os peritos encontraram ao menos 70 cápsulas deflagradas.

Homem ligado ao PCC é morto a tiros de fuzil em carro blindado em SP

Um homem suspeito de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi morto a tiros dentro de um Audi blindado, na região do Tatuapé, zona leste de São Paulo, por volta das 23h desta segunda-feira (23).
Cláudio Roberto Ferreira, o Galo, tinha acabado de estacionar o carro na rua Coelho Lisboa. Os suspeitos chegaram em dois carros, desembarcaram e dispararam vários tiros de fuzil.

Na rua, os peritos encontraram ao menos 70 cápsulas deflagradas.

A blindagem do carro não conseguiu impedir que o motorista fosse atingido pelos tiros. Os bombeiros tiveram que forçar a porta do carro para retirar o homem baleado. Ele foi levado em estado grave ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu.

Cláudio havia sido condenado por roubo a banco em Guarulhos (Grande São Paulo) que terminou com três mortos, em 2008, sendo um deles chefe do PCC.
Em 2015, Ferreira foi preso durante uma partida entre Corinthians e Santos pela Copa do Brasil, na Vila Belmiro, em Santos (litoral de São Paulo).

Ele assistia ao jogo em um camarote para torcedores do Corinthians, segundo a polícia.

Cláudio deixou a prisão após obter um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). O benefício foi revogado, mas o suspeito não se apresentou à Justiça e passou a ser considerado foragido da Justiça.

Nenhum suspeito do ataque contra Cláudio foi preso. O caso será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

MORTES

Em fevereiro, um homem apontado como chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi morto a tiros de fuzil em frente ao hotel Blue Tree Towers, também na zona leste da capital paulista.

Wagner Ferreira da Silva, 32, foi atingido com um tiro na cabeça. Duas hóspedes ficaram feridas.

No Ceará, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foragidos da Justiça de São Paulo e até então considerados as principais vozes da facção criminosa PCC fora dos presídios, também foram mortos a tiros na mesma época em uma suposta emboscada numa área indígena.

Segundo o Ministério Público, Gegê do Mangue era o número três na escala do PCC, abaixo de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, recluso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 600 km da capital, onde está a cúpula da facção, e Abel Pacheco, o Vida Loka, preso na penitenciária federal de Mossoró (RN).