Preocupação do Palácio do Planalto é que comida mais cara colabore para queda de popularidade do presidente Lula; participaram do encontro os ministros Carlos Fávaro, Paulo Teixeira, Rui Costa e Fernando Haddad.

Governo faz reunião ministerial para discutir redução no preço dos alimentos
O presidente Lula durante cerimônia de inauguração do Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre. / Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reuniu-se nesta quinta-feira (14) com parte de sua equipe ministerial e outros membros do governo federal para discutir maneiras de reduzir os preços dos alimentos. O foco do encontro foi a produção desses produtos, com o objetivo de encontrar soluções para a queda nos preços. A reunião contou com a presença dos ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad. Além deles, estiveram no encontro o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. “O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no final do ano. De fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo”, afirmou Teixeira. Os ministros não comentaram, mas há no governo uma preocupação com a queda de popularidade de Lula. Com os preços dos alimentos mais caros, a tendência é que a avaliação do petista continue derretendo.

Foi uma espécie de continuação da reunião anterior, realizada pelo presidente no início da semana, onde foi discutido o aumento nos preços dos alimentos nos meses de janeiro e fevereiro. Na última terça-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou alta de 0,83% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro, puxado pela inflação do grupo Alimentação e Bebidas. As condições climáticas desfavoráveis foram um dos principais motivos para o aumento nos preços dos alimentos, de acordo com análise do IBGE, também enfatizada por membros do governo.