A primeira certificação de Compartimento de Reprodução Livre de Influenza Aviária e da doença de Newcastle foi entregue, na segunda-feira (21), à empresa COBB Vantress Brasil, pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
Ao receber o certificado, o diretor-executivo da COBB para a América Latina, Jairo Arenazio, lembrou a parceria realizada durante oito anos com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para chegar ao momento da certificação. A empresa tem filiais em Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Maggi reconheceu ser um trabalho de anos no ministério, disse ser importante que as demais empresas que estão trabalhando para certificar-se acelerem esse processo, e que a JBS e BRF devem ser a próximas a obter o certificado.
"Coube a nós, comemorar esse resultado", destacou Maggi, acrescentando que não se trata de contornar um problema, mas de enfrentá-lo.
A certificação, prevista em instrução normativa e baseada em recomendação da OIE, visa reconhecer e atestar subpopulação de aves com status sanitário diferenciado.
Para isso, são adotados procedimentos adicionais de biosseguridade, vigilância epidemiológica, supervisões e auditorias.
O chefe de divisão da Secretaria de Defesa Agropecuária, Bruno Pessamilio, explicou que, para manter a certificação, é necessário se submeter a vistorias sanitárias permanentes.
E ressaltou a importância dos compartimentos no País, pelo fato de ser o maior exportador de frango do mundo, vendendo para 158 países.
Influenza e Newcastle
A Influenza Aviária e a doença de Newcastle, altamente contagiosas, são doenças de notificação obrigatória e imediata, em até 24 horas após a confirmação.
O País nunca registrou nenhum caso de gripe aviária no território nacional, enquanto que a doença de Newcastle teve suas últimas ocorrências em 2006, em propriedades com aves de subsistência.
A diretora-geral da OIE, Monique Eloit, convidou o presidente Michel Temer para participar da reunião da Organização, em Paris, que ocorre em maio.
De acordo com o ministro, o presidente deverá ir à reunião de 2018. Brasil e OIE assinaram um convênio no valor de R$ 3,5 milhões para erradicação da aftosa no País
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