Clã de Pavão queria vingança contra ‘Minotauro’.

Fuzis e pistolas escondidos em motor de carro seriam para vingar morte de Chico Gimenez
/ Foto: ABC Color

O armamento pesado encontrado escondido dentro do capô de uma camionete, no último sábado (19), em Pedro Juan Caballero – a 346 quilômetros de Campo Grande – com dois homens seriam para vingar a morte de Francisco Novaes Gimenez, o Chico Gimenez, tio de Jarvis Pavão, que foi assassinado no dia 17 de janeiro.

Os fuzis, pistolas, munições, além de celulares e máscaras para assalto seriam entregues ao clã de Pavão em uma tentativa de vingar a morte de Chico Gimenez, que teria sido assassinado a mando de ‘Minotauro’.

Informações do site ABC Color, S. de A. Q. N., conhecido como ‘Minotauro’ teria planejado o assassinato de vários membros da família de Pavão para conseguir controlar o tráfico na região. O armamento seria entregue J. G. G., conhecido como ‘Cabeça’ e sobrinho de Jarvis Pavão.

No sábado (20), foram presos A. E. J. G. de 32 anos, e B. A. M. de 30 anos. Eles estavam em uma camionete quando foram parados pela polícia, sendo encontrada uma pistola com os homens.

Os policiais encontraram escondidos no capô, dentro do motor, oito fuzis, três pistolas 9mm, 15 carregadores de fuzis, oito carregadores de pistola, três celulares, 800 cartuchos de munições de variados calibres e duas máscaras usadas para assalto.

Execução
O ex-candidato a prefeito de Ponta Porã e tio do narcotraficante Jarvis Pavão, Francisco Novaes Gimenez, o Chico Gimenez, foi morto por pistoleiros na madrugada do dia 17 deste mês.

Foram efetuados cerca de 190 tiros. Francisco dormia no, momento do ataque. Quatro caminhonetes utilizadas no crime foram encontradas incineradas cerca de uma hora após o ataque, a 15 km de Ponta Porã.

Chico Gimenez foi candidato a prefeito em Ponta Porã nas eleições de 2016 e 2008, mas não foi eleito. Antes, o empresário exerceu mandato de vereador no município e também disputou o cargo de deputado estadual.

Controle do tráfico na fronteira

Informações são de que o mandante do crime seria S. de A. Q. N., conhecido como ‘Minotauro’. Ele estaria tentando dominar o tráfico de drogas na região de fronteira, para se consolidar como liderança Brasil-Paraguai.

Após a execução de Jorge Rafaat, em 15 de junho de 2016, quando foi morto com 16 tiros de fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras, existe uma guerra para o controle do tráfico de drogas e armamento. ‘Minotauro’ seria o autor da morte de Jorge Rafaat.